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Romaria da Santa Cruz chega em sua 18ª edição

Créditos foto: Arquivo Pessoal

Ao chegar em sua 18ª edição no dia 8 de setembro, destacamos que a Romaria da Santa Cruz acontece porque, além dos romeiros, existem pessoas que trabalham. Existem pessoas que a idealizaram, pessoas que abraçaram o projeto e fizeram acontecer a primeira Romaria, pessoas que assumem a organização da estrutura local, pessoas que topam a animação, pessoas que saem à rua para lançar o convite, pessoas que presidem, pessoas e entidades que apoiam financeira e materialmente ...  É a algumas destas pessoas que pedimos um rápido relato motivador da Romaria que acontece no jubileu dos 60 anos da Diocese. Muitas outras pessoas poderiam e deveriam falar. Talvez em outra oportunidade serão convidadas a também se manifestarem.
Pe. Roque Hammes, Márcia Agnes Bartz, Evandro Böhm

Como surgiu a Romaria?
Pe. Benjamim Borsatto, atual pároco de Anta Gorda, foi o organizador da 1ª Romaria, em 2001. É assim que ele descreve o começo:
“Havia um clima na Diocese: todas as Dioceses têm suas Romarias Diocesanas e nós não temos. Acabávamos de realizar as santas Missões Populares, totalmente organizadas e realizadas pelas lideranças das paróquias. Tendo assumido a Coordenação Diocesana de Pastoral em janeiro do ano 2000, para ver como se faz uma romaria, participei das Romarias de Passo Fundo, Cruz Alta, Santa Maria e outras. Criei o panorama de uma Romaria e decidi: vamos fazer nossa Romaria. Realizamos a primeira com grande número de bispos do RS presentes, quando também celebramos os 25 anos de ordenação episcopal de Dom Sinésio. Foi uma das maiores, ao ponto que os bispos disseram: "a Romaria já nasceu grande". E, assim seguimos, nestes anos todos...

Importância da Romaria para a Unidade Diocesana.
Irmã Adolfina Morari, atualmente morando em Arroio do Meio, integrava a coordenação de Pastoral no ano em que aconteceu a 1ª Romaria da Santa Cruz. Como participante ativa das romarias, perguntamos: Qual é a importância da Romaria para a Diocese? Ela respondeu:
A Romaria da Santa Cruz é sempre uma oportunidade de encontro das comunidades da Diocese para celebrar a caminhada como povo diocesano. Momento significativo para encontros e reencontros de pessoas conhecidas e amigas. O caminhar juntos, rezar juntos, celebrar a Eucaristia juntos e a reflexão que é feita em torno de um tema é sempre um reforço para a caminhada como discípulos missionários. É oportunidade de evangelização, de retomada das prioridades de nossa Igreja e de sermos reenviados em missão. “O trabalho em conjunto gera uma força indestrutível”!

Combustível para os jovens.
Valéria Fischer, antiga dinamizadora do Setor Jovem da Diocese, respondeu a pergunta: O que significa a Romaria para os jovens? 
“A Romaria da Santa Cruz é momento de renovação da fé e esperança, de percebermos que não estamos sozinhos na missão de evangelizar. Como jovem, penso que esses encontros nos servem de combustível, pois muitas vezes ouvimos que são poucos os jovens que participam, e nesses espaços percebemos que somos muitos e que estamos espalhados, cada um fazendo sua parte no local em que se encontra. Além disso, ao vermos a devoção e confiança estampadas no rosto de uma pessoa de mais idade, temos inspiração de seguir fazendo o trabalho de "formiguinha" por onde passamos; enquanto que quando vemos uma criança, com toda a sua inocência, brincando e participando, temos a certeza de que precisamos seguir anunciando a Boa Nova, na busca de uma sociedade mais justa, para que um dia nossas atitudes também lhes sirvam de exemplo”.

Sentimento de quem anima.
Responsáveis pela animação da 16ª Romaria da Santa Cruz, em 2007, perguntamos a alguns integrantes da equipe de Mato Leitão e Palanque: “Qual é o sentimento de quem tem a responsabilidade de animar milhares de pessoas durante uma Romaria”. Eis algumas respostas:
Gelson Heinen: “Para quem teve a graça de ajudar na animação de uma Romaria, vem a lembrança um longo período de estudo e aprofundamento do tema, o que gerou dúvidas e angústias. A troca de experiências e os frequentes encontros para ensaiar, porém, criaram laços de amizade e companheirismo e deu confiança para seguir. No dia da Romaria, ao vermos o povo caminhando, rezando, refletindo e cantando alegres com a equipe de animação, invadiu-nos um prazeroso sentimento de missão cumprida”.
João Cleomar e Bárbara Pereira: “Participamos a mais de 15 anos da Romaria da Santa Cruz, e a cada caminhada renovamos a nossa fé e esperança em Deus nosso Pai e em Jesus Cristo, nosso Salvador. Estar em cima do caminhão, animando, foi algo desafiador e emocionante. Vários sentimentos perpassaram a nossa alma: ansiedade, preocupação, alegria e gratidão por estar colocando os nossos dons a serviço de Deus e dos irmãos. E ver aquela multidão de romeiros louvando ao Senhor é maravilhoso.  Na verdade, nunca imaginamos que estaríamos um dia ajudando a conduzir a Romaria. Agradecemos, de coração, o convite. 
Paulo Airton da Silva: “Foi um momento fantástico, renovador e senti uma imensa paz”.

O sentimento das pessoas que trabalham na Romaria.
A Paróquia dos Santos Mártires das Missões de Linha Santa Cruz assume, desde o começo, a infraestrutura e a praça da alimentação na Romaria. Perguntamos ao Renato Goerck, que é uma das pessoas que sempre está junto com o grupo: Qual é o sentimento das pessoas que trabalham na Romaria da Santa Cruz? E ele respondeu:
Trabalhar na Romaria da Santa Cruz é algo muito prazeroso. A gente se sente muito feliz de estar dedicando parte do tempo da nossa vida para a comunidade. Também é um sentimento de gratidão por tudo de bom que acontece em nossas vidas. Pequenos gestos como estes ajudam a disseminar o evangelho de Jesus Cristo.

História da Cruz Redentora. 
Na década de noventa, quando se começou a pensar em uma Romaria Diocesana, Dom Sinésio pediu que se criasse uma cruz “diferente”, que seria a “nossa” cruz. Assim, foi solicitada a ajuda de um grupo de mulheres, as quais se reuniram em uma sala do Seminário São João Batista, onde tinha um quadro negro bem grande. Nesta lousa, estas mulheres desenharam, com giz, mais de cinquenta cruzes dos mais diversos tipos e formatos. A escolhida, foi desenhada por uma moça de seus vinte e poucos anos e foi nomeada como Cruz Redentora.
A ideia original é que a cruz fosse de madeira. Duas cruzes sobrepostas uma sobre a outra, pintadas de verniz, de maneira que a cruz interna tivesse um verniz mais escuro e a cruz externa um verniz mais claro. A marcenaria fez um modelo pequeno como amostra com as cores que tem hoje. Este modelo foi apresentado ao CPD e aprovado. 
Deste modo temos hoje a “nossa” Cruz Redentora. Simbolicamente representa o Cristo crucificado com os ‘braços’ erguidos, o “Redentor”, isto é, aquele que nos “redime”, aquele que nos dá a Redenção, aquele que proporciona a todos nós, a nossa Ressurreição.

Autor: Pe. Roque Hammes, Márcia Agnes Bartz, Evandro Böhm
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