História
Comunidades
Paróquia Ressurreição, de Santa Cruz do Sul, possui 08 Comunidades constituídas e 02 lugares de Missa regular.
ESPÍRITO MISSIONÁRIO
Ao celebrarmos os 50 anos de história da Comunidade Santo Inácio devemos estar conscientes de que não estamos mais numa época de cristandade. Nenhuma estrutura incentiva a participar da comunidade Católica.
Conforme o filósofo francês Zygmunt Baumns, estamos numa “sociedade líquida”. Quer fazer compreender que estamos numa sociedade onde a “cultura”, isto é, os valores fundamentais de um povo estão se desmanchando. Isto de dizer: “porque meu avó...”, ou, porque “meus pais...” sempre foram à igreja já não funciona mais. O sentimento de pertença à comunidade se desfez.
Não se pode mais pensar que o padre deveria mandar. O padre não é mais autoridade para estabelecer um comportamento.
Dentro da esfera do Estado, nada de religião. Estado laico garante a liberdade religiosa, o direito de todos professarem a religião que bem se entenderem. Na educação pública, nada de religião. Não se pode esperar que se ensine que Deus criou o ser humano como homem e mulher. Nasce apenas um ser humano, que vai a escola e depois faz a sua opção sexual de querer ser mulher ou homem. Nos tribunais, nada de cruzes penduradas. Nas assembléias e no Congresso nada de cultos e de proselitismos religiosos.
Dentro este contexto, nós da religião católica, na expansão religiosa, perdemos o espírito de evangelizar. Perdemos a atitude de semear e criamos a mania de colher frutos. E na participação nos serviços da comunidade, as lideranças revelam a tendência de querer sempre “comer no prato do padre”. Querem andar na "sombra" do padre. Parece que o padre deve tomar a iniciativa de evangelizar. Um quadro complicado para celebrar um jubileu de uma comunidade. Dá a impressão de que vamos só colher os frutos de um investimento material e que a nossa missão de evangelizar se evaporou. Contudo, aqui lembramos a parábola do semeador. Se o ser humano é infiel a sua missão, Deus permanece fiel. A semente do Evangelho tem em si a força da graça de Deus. Deus acompanha as suas criaturas. De modo especial o ser humano. Infundiu no seu coração o desejo de ser feliz. E será feliz o que “passar a vida fazendo o bem”, como Jesus.
Se nós não assumirmos o espírito missionário seremos em poucos anos uma pequena minoria, talvez venham missionários de outros lugares para restabelecer o foco que o cristão deve ter: a fé em Deus e o amor ao próximo.
INSPIRAÇÃO DO PASSADO PARA O PRESENTE
No dia 1º de agosto a Comunidade Santo Inácio irá celebrar 50 anos de história. Uma Comunidade iniciada pelos padres jesuítas.
A presença dos padres jesuítas na nossa diocese de Santa Cruz do Sul deixou marcas, que podem servir de inspiração para nossa vivência cristã.
A casa de retiros, ou como outros dizem, a casa de formação Loyola. Ao padres jesuítas sempre se preocupavam em ajudar as pessoas a “ dar as razões de sua fé”. Nós poderíamos traduzir para os tempos de hoje em oferecer formação. A missão da Igreja é evangelizar. Evangelizar é semear valores. Devemos semear sempre. Depois de séculos de expansão religiosa, nós cristãos temos que recuperar na Igreja Católica o gesto humilde de semear.
A construção de igrejas em estilo gótico. Ao lado de tudo que se possa dizer, queremos destacar o uso da arquitetura a serviço da liturgia. Naquele tempo a missa era em latim. Havia corais. Durante a missa a pessoa fazia a sua oração. Neste contexto queremos destacar que as celebrações propiciavam o encontro pessoal com Deus. A fé não é conhecer uma doutrina, mas um encontro pessoal com Deus. É amar a Deus acima de tudo.
A criação de comunidades, de cooperativas. Os padres jesuítas procuravam reunir as pessoas na vivência de sua fé e no seu trabalho. A fé não se vive sozinho. O sonho de um mundo melhor não acontece pela atuação individual. Neste sentido, a indicação da CNBB, de criar pequenas comunidades, parece ser uma indicação oportuna.
Fé e vida. Na proposta da espiritualidade inaciana há uma união muito forte entre fé e vida. Assim como a pessoa cultivava a sua fé, assim lhe era proposta a formação de caráter, de ser um cidadão para construir um mundo melhor. Ainda temos lideranças que se formaram e eram atuantes na “Ação Católica”.
Liberdade de Espírito. A ação da pessoa não pode ser motivada pela lei, por uma norma, porque está estabelecido. A pessoa se inspira por uma motivação interna, que brota de um desejo. Há o entendimento do porque fazer algo e a pessoa o realiza pelo espírito que está imbuído. Não somos escravos, mas livres.
Padres que atuaram na comunidade:
Pe. Gaspar Demmler-1959 a 1965
Pe. Otomar Linn – l965 a 1976. Era auxiliado pelo Pe. Blume e João Sehnem
Pe. Ignácio Pilz – 1977 a 1978
Pe. Dionísio Roque Kista – l978
Pe. Paulo Hofmann – 1979-1985
Pe. Antônio Puhl -1985 a 1988- Auxiliado pelo Pe. Benjamin Borsatto.
Pe. Dionísio Roque Kist -1988 a 1994.
Pe. Zeno Rech- 1994 – 2014,
Pe. Dario Backes- 2011. Nomeado presbítero responsável .
Pe. Astôr Backes- 2014.
Atividades Pastorais
A comunidade Santo Inácio ainda conserva o espírito de organização e de serviço incutido pelo padres jesuítas. Estão organizados assim:
Conselho Administrativo; Presidente; Marilene Kothe Pitzer; vice-presidente: Jaime Heck: 1ª secretária; Lisete Assmann; 2ª secretária: Liziane Ceolin: 1 º tesoureiro: Luiz Henrique Pires: 2º tesoureiro: Ana Raffler. Diretor de patrimônio: Edimilson Schwantz
Equipe de Liturgia; coordenada pelo Gaspar Biasibetti.
Catequese: Marisa, Sonair, Valcir, Vânia, Mirna, Liane , Lisete, tendo o serviço de coordenação feito pela Sirlei e Lisete;
Ministros: Armindo, Lia, Vanda, Lúcia, Metilde, Clarisse, Losita, Anselmo, Eromilda, Mário, marcela, Cerilo, Juraci, Cleoni, Alceu, Edgar; coordenação: Mário e Cleoni;
Escola de Diáconos: Duas pessoas participaram da escola de Diáconos: Edgar e ainda não amadureceu o espírito na comunidade para o exercício desta missão. Mesmo dentro da Diocese não se tem bem claro esta função.
Apostolado: coordenado pela senhora Ivone Sehn;
Grupo do Bolão: coordenado pela Lizane Weis;
Serviço da Caridade: coordenado pela Rosane Wink;
Coroinhas, setor coordenado por Nilva Rech
Capelinhas – Missionárias: coordenado por Elaine Fengler, Nilza Priebe, Veruni Purin;
Pastoral do batismo: Pe. Astôr Backes e Pe. Dario Backes
Curso de noivos: coordenado por Fabiane Dummer
Grupo de Canto: coordenado por Celso Sehnem
Cursilho de cristandade: responde pela comunidade a senhora Regina Piroteli; coordenação: Nilton Camargo
Movimento Carismático: coordenado por Luís Henrique
Pastoral do Idoso e do doente: Eromilda e Metilde;
Terço coordenado por Anita Lauschner;
Adoração ao Santíssimo: todas as sextas-feiras, coordenado por Armindo Cirilo e Metilde;
Pastoral da Esperança: coordenada por Armindo e Edgar.
Ressurreição
Santa Cruz do Sul
Comarca Eclesiástica: Santa Cruz do Sul
Município: Santa Cruz do Sul/RS
Fundação: 1979
Pároco: Pe. Giovane Gonçalves
Diácono: Plácio Fernando Simianer
População: 118.374 habitantes (Santa Cruz do Sul) (IBGE 2010)