A paróquia Santo Inácio, de Lajeado, está localizada na região baixa do Vale do Taquari, região central da Diocese. Pertence à Comarca Eclesiástica de Lajeado. 

Na zona baixa do território de Lajeado habitavam antigamente os índios kaaguás, que chamavam o Rio Taquari de Tebiquary, o que, em língua indígena, queria significar "o rio do barranco fundo". Já em 1635 o Pe. Francisco Jimenez fez uma excursão àquela região com o objetivo de entrar em contato com os índios nativos. Pelos idos posteriores a 1700 o território de Lajeado foi pretendido e ocupado por ricos proprietários ou políticos influentes que residiam em Porto Alegre. Dois desses primeiros proprietários foram os irmãos João e José Inácio Teixeira, que adquiriram as terras situadas nas proximidades do Rio Taquari, por volta de 1794. As duas fazendas dos irmãos chamavam-se respectivamente de Fazenda dos Conventos (atualmente Carneiros, Conventos e Picada Scherer) e Fazenda do Lajeado (no lugar da atual cidade de Lajeado). O santo protetor da Fazenda dos Conventos era São José e da Fazenda do Lajeado era Santo Inácio.

Estes primeiros proprietários jamais residiram em suas fazendas, apenas en-carregavam capatazes que construíam algumas benfeitorias para os peões e escravos que cultivavam erva-mate e criavam gado. Quem herdou todas as terras foi Juca Inácio, filho de João Inácio Teixeira. A partir dali começou a chamada colonização açoriana, com famílias que, principalmente de Santo Amaro, vinham ocupar, às vezes ilegalmente, as terras do Alto Taquari. A colonização germânica só se verificou por volta de 1854, quando Antônio Fialho de Vargas comprou a Fazenda dos Conventos e a Fazenda do Lajeado e as dividiu em lotes que foram mais tarde adquiridos pelos colonos de Ivoti, São José do Hortêncio, Novo Hamburgo e outras localidades próximas. O primeiro grupo a se estabelecer em território lajeadense era composto por 13 famílias. Entre elas estavam as famílias Blauth, Scherer, Bast, Buchmann, Matte, Mallmann, Gisch e Schardong.

Os primeiros moradores do povoado de Lajeado, fundado por Antônio Fialho de Vargas, se quisessem assistência religiosa, tinham que descer de barca até Santo Amaro ou Taquari, lugares onde se encontravam os Padres. A partir de 1863 o atendimento passou a ser efetuado pela então freguesia de Santa Cruz do Sul. Criada a paróquia Santo Antônio de Estrela, em abril de 1873, Lajeado passou a receber atendimento espiritual de lá, embora todos os registros ainda devessem ser enviados à Santo Amaro. Os ofícios religiosos eram administrados na casa de Antônio Fialho de Vargas. 

A paróquia Santo Inácio de Conventos foi finalmente criada em 27/05/1881. Naquele ano assumiu como vigário administrador o então pároco de Estrela, Pe. Eugênio Steinhardt. O florescimento da então Colônia dos Conventos deveu-se, em grande parte pela construção do grande engenho, em 1862. A primeira capela foi provavelmente inaugurada em fins de 1878, mas foi posteriormente aumentada com a criação da paróquia. A conclusão das obras da segunda Igreja Matriz aconteceu nos primeiros meses de 1906. Na noite de 13/01/1953 aquele monumento de fé foi dramaticamente destruído por um incêndio. Com o apoio de toda comunidade lajeadense foi construída uma nova Igreja Matriz. Iniciada pelo Cônego Leopoldo Loch e concluída pelo Pe. Jacob Erico Schmidt a atual Igreja Matriz foi inaugurada e consagrada por Dom Vicente Scherer, Arcebispo de Porto Alegre, em 19/04/1958.

A paróquia atualmente está organizada com dezessete comunidades constituídas e oito núcleos onde acontecem mensalmente missas ou celebrações e outros encontros de diversos grupos e pastorais. Destas dezessete comunidades, treze estão no município de Lajeado, uma no município de Santa Clara do Sul e três no município de Forquetinha.