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Seminário discute alternativas ao cultivo de tabaco
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Em Santa Maria no dia 15 de agosto aconteceu o 25ºSeminário de Alternativas à Cultura do Fumo, promovido pelas Dioceses de: Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul, Santo Ângelo, Cruz Alta além da CPT-RS e da Cáritas Regional. Nos 25 anos de organização dos seminários destacou-se os frutos deste trabalho em prol da vida, um dos exemplos mais significativos é o incentivo ao cultivo diversificado de alimentos e a organização de feiras ecológicas e o apoio direto aos agricultores e agricultoras. 
Proporcionar espaço para que os agricultores e agricultoras apresentem sua situação visando construir alternativas melhores é o objetivo dos seminários.
Em Santa Maria o Engº Agrº Leonardo Melgarejo colocou o problema dos agrotóxicos, as intoxicações tanto de agricultores bem como da população em geral. Ele lembrou que o Brasil é campeão mundial de consumo de agrotóxicos e o volume de veneno aumentou e muito. Se dividirmos o volume jogado no Brasil pelo número de habitantes subiu de 5,2kg para 7,3kg de agrotóxicos em média por brasileiro. Situação muito preocupante.
Doutora Tânia Cavalanti, do Instituto Nacional do Câncer-INCA abordou as doenças conhecidas como “Tabacorelacionadas”, aquelas doenças causadas pelo consumo de cigarro, mas também os problemas que envolve o cultivo, como os agrotóxicos e a Doença da Folha Verde, que é uma intoxicação por nicotina a qual a maioria dos agricultores que trabalham com fumo estão submetidos.
Cerca de 300 pessoas participaram do seminário. A Escola de Jovens Rurais –EJR participou com uma caravana de 30 jovens, que além de participarem do seminário também participaram do encontro de Sementes Crioulas de Ibarama, e conheceram a tecnologia do Biodigestor.
A próxima Diocese a sediar o seminário será a nossa, o 26º seminário ocorrerá em 2016 com local e data a ser planejada.

Autor: Mauricio Queiroz