No dia 22 de agosto, no salão paroquial da cidade de Furnas, a Diocese de Cruz Alta acolheu o 29º Seminário de Alternativas à Cultura do Fumo. Participaram caravanas das dioceses de Santo Ângelo, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Cruz Alta. O pedido foi de respeito: “quem alimenta o Brasil merece respeito”. Ao final do Seminário pudemos registrar algumas lições:

1º) Precisamos superar os monocultivos e apostar na diversificação da produção. 

2º) Se não dá para eliminar por completo os agrotóxicos, vamos diminuir, gradualmente o seu uso.

3º) Vamos lutar para que se facilite a liberação de fungicidas orgânicos, comprovadamente eficientes.

4º) Assumir que precisamos produzir alimentos sem agrotóxicos, porque não existe alimento com agrotóxico que seja seguro.

5º) Existem belas experiências de agricultores que deixaram de plantar fumo e ganham dinheiro com a produção de orgânicos, galinha caipira, abelhas, preservação das sementes crioulas.

6º) Precisamos combater as insinuações levianas contra a produção orgânica e a preservação do meio ambiente. Plantar árvores nativas, proteger as águas, cuidar da vida e das pessoas.

7º) Abraçar e defender o Sínodo da Amazônia como projeto que faz parte da nossa “Casa Comum”.

9º) Desafiar os técnicos da Emater e as secretarias da agricultura a que nos ajudem a cultivar sem agrotóxicos.

10º) Defender a igualdade social: os bens comuns devem ser comuns. Não é possível calarmos diante de tantas injustiças e crescente desigualdade social.

11º) Construir uma sociedade de respeito: respeito às mulheres, aos estrangeiros, aos membros de outras religiões...

12º) Superar os preconceitos e as discriminações. Respeitar o diferente e aprender a viver com a diversidade. 

Estes e outros pontos induziram os participantes a se reanimarem na esperança. Frei Sérgio Goergen, um dos palestrantes do Seminário, concluiu sua fala com as palavras: "Não contem comigo para espalhar desgraça. Somos semeadores de esperança. Vamos construir um Brasil de gente feliz".