Na tarde da quarta-feira, dia 6 de maio, a coordenação estadual da Comissão Pastoral da Terra se reuniu junto com os padres Jolimar Lemos da Silva e Roque Hammes para uma reunião em vista da 44ª Romaria da Terra. Por alguns minutos também participou da reunião o Bispo Dom Aloísio.
Num primeiro momento foi feita uma conversa sobre a conjuntura da Covi-19 e a preparação da Romaria. Ficou evidente a dificuldade que teremos para preparar a Romaria, uma vez que o pico da pandemia deverá se dar no final de junho. Assim, a partir de julho, existe a previsão de que a curva comece a descer. Todos os indicativos, porém, são de que em 2020 não será possível fazer reuniões com grupos grandes. Isso pode se estender, inclusive, ao longo do ano de 2021. Por isso, o mais provável é que a próxima Romaria da Terra só aconteça em 2022.
Feita esta análise, partiu-se para a indicação de temas que devem marcar a Romaria da Terra. Apontaram-se os seguintes:
Beatificação de Sepé Tiaraju: Frei Wilson afirmou que “a Igreja do Rio Grande do Sul ainda não resolveu a questão indígena. Por isso devemos perguntar: por que a Igreja do RS está com um pé atrás em relação à beatificação de Sepé Tiaraju?”. Também não podemos ignorar a marginalização dos indígenas neste momento da história. A Igreja tem uma dívida com eles. Oldi Janstch testemunhou que “Santa Cruz do Sul, junto com o Irmão Cechin, fez um belo resgate da última viagem de Sepé Tiaraju desde Rio Pardo até São Gabriel. E isto está registrado.”
Outro tema que nunca deve ficar de lado na Romaria é a Campanha da Fraternidade. Além disso temos a preparação da Semana Social Brasileira, marcada para 2022, destacando o mutirão pela vida e políticas públicas. Entram aí os grupos vulneráveis, entre os quais estão os indígenas e quilombolas.
Pe. Jolimar falou da importância de Encruzilhada do Sul como o local do primeiro assentamento de agricultores Sem Terra na Diocese. Hoje existem aproximadamente 10 assentamentos, sendo que alguns são muito bem sucedidos. Além disso, Encruzilhada do Sul fica na divisa da Região Doce e na Serra do Sudeste. É um corredor de passagem. Seria um belo local para a Romaria.
Outros temas e possíveis locais indicados são:
Agricultura familiar, agroecologia e sementes crioulas: Arroio do Meio, Ilópolis e Candelária
Quilombolas: Rincão dos Negros em Rio Pardo
Agroecologia e comunidades tradicionais: Rio Pardo e Candelária
Na sequência foi pedido à Diocese de Santa Cruz do Sul que passasse, aos poucos, a assumir a página da Romaria da Terra no Facebook.
Por último, Maurício comunicou que a CPT Nacional, num projeto de Adveniat, destinou 100 cestas básicas para as comunidades tradicionais da região. Cinquenta irão para os indígenas de Lajeado e cinquenta para o quilombo de Rio Pardo.
A próxima reunião virtual será no dia 27 de maio, às 14 horas.
Autor: Pe. Roque Hammes