Jesus gosta de ensinar por meio de parábolas. Com as parábolas de hoje (da semente espalhada na terra e do grão de mostarda) Jesus leva seus interlocutores a olhar para a vida e para o mundo com mais esperança. Ele está falando sobre o Reino de Deus que ele veio inaugurar e pôr em movimento. Deus, fiel ao seu plano de salvação, continua a conduzir a história humana, cuja destino é vida plena, felicidade infinita.
Em sua catequese, Jesus ensina que, mesmo que sob a ótica humana o Reino de Deus pareça condenado ao fracasso, ele apresenta em si o dinamismo de Deus. Por isso nada poderá detê-lo; ele haverá de produzir seus frutos, que se espalharão por todo o mundo. Mas tudo se fará sem alarde, sem pressa, sem pompa, qual semente minúscula lançada na terra que misteriosamente germina, cresce e se torna uma árvore, dando frutos, sombra e frescor a quem dela se aproximar.
Também o profeta Ezequiel, na primeira leitura, assegura ao povo exilado que Deus não se esqueceu de sua Aliança. Mesmo nos desastres e nas crises, o povo deve continuar confiando em Deus, pois ele é fiel às suas promessas de garantir um futuro promissor. O profeta usa também a figura de um pequeno galho de cedro que se transformará numa árvore pujante e majestosa, dando sombra e abrigo aos pássaros, que ali haverão de construir seus ninhos e se multiplicar. Assim acontecerá com o povo de Deus.
Na segunda leitura, Paulo prega que a vida terrena - finita e transitória - deve ser vista como uma peregrinação ao encontro de Deus, fonte e destino de nossa vida.
Com os acontecimentos do tempo presente somos também tentados a olhar o mundo e a história com desconfiança e pessimismo. Mas a Palavra de Deus eleva nossa confiança e nos ensina paciência e perseverança. Deus está conosco, ele caminha conosco e nos garante um final feliz. Não para ficarmos esperando de braços cruzados, mas para continuar evangelizando com os pés em movimento, com as mãos estendidas e com coração cheio de esperança.
Autor: Pe. Roni Osvaldo Fengler