Celebramos no dia 24 de junho o nascimento de São João Batista, filho do sacerdote Zacarias e da estéril Isabel, ambos em idade avançada. Escolhido por Deus para ser profeta e precursor do Messias, ainda antes de nascer, ele é um “dom de Deus” ao seu povo.
Jesus chama João, que o batizou nas águas do Jordão, como o “maior dos nascidos de mulher” (Mt 11,11). Mesmo assim, João declara que não é digno nem de desamarrar os cadarços dos calçados de Jesus. É que muitos pensavam que João fosse o Messias. João, contudo, não toma proveito de sua fama; pelo contrário, numa atitude de humildade orienta seus discípulos a seguirem a Jesus. Apontando para Jesus, diz: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). E ainda: “É necessário que ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30).
A primeira leitura nos apresenta uma misteriosa figura profética, eleita por Deus desde o seio materno, a fim de ser a “luz das nações” e levar a Palavra a todos. Acentua-se a centralidade de Deus na vida do profeta: toda sua missão brota de Deus e se sustenta em Deus.
Na segunda leitura Paulo fala do profeta João aos judeus de Antioquia. João teve a importante missão de preparar o coração das pessoas para acolher o Messias prometido e esperado, e o fez mediante um convite de conversão, isto é, uma mudança de vida e de mentalidade.
O Evangelho relata o nascimento de João. Os acontecimentos em redor do seu nascimento mostram como o menino é um “dom de Deus”, um claro sinal de Deus. “A mão do Senhor estava com ele”, e ele crescia em tamanho e em espírito, até se tornar “profeta do Altíssimo”.
Como patrono de nossa diocese, João Batista nos ensina ao mesmo tempo a humildade e a firmeza, a fidelidade e a perseverança na missão. E nos faz perguntar: Para acolher Cristo em minha vida, estou também eu disposto a uma mudança de vida e de mentalidade, sempre que seja necessário?
São João Batista, rogai por nós!
Autor: Pe. Roni Fengler