“Eis os santos que,
vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do
cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.”
Pedro e Paulo, cada qual a seu modo, deram o
melhor de si para cumprir a missão a eles confiada. Ambos eram de espírito
decidido e apaixonados pelo Evangelho.
Pedro, designado pelo próprio Cristo como o primeiro
dentre os apóstolos, apascentou o rebanho a ele confiado com profundo e sincero
amor, confirmando-lhes a fé com o derramamento do próprio sangue quando
conduzia a Igreja de Roma. Como porta-voz da comunidade dos discípulos, resume a
fé cristã: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (evangelho). Nestes dois
títulos (“Cristo” e “Filho de Deus”) o evangelista Mateus resume a fé e a
catequese da sua comunidade sobre Jesus.
Pedro, seguindo os passos do Mestre, é perseguido
e preso (1ª leitura). A Igreja rezava por ele e, mesmo fortemente vigiado, o
anjo de Deus o libertou. Obedecendo à ordem “levanta-te depressa”, as correntes
caíram. A Igreja não pode ficar esmorecida e desanimada. Ao levantar-se com
decisão e confiança, mesmo em momentos bem difíceis, e fortalecida na oração,
as amarram se soltam e a missão continua firme. Não é à toa que nosso papa
Francisco, atual sucessor de Pedro, sempre pede à Igreja: “Rezem por mim!” Orar
pelo papa significa orar por toda a Igreja que ele, no lugar de Pedro, conduz,
governa e alenta.
Paulo, após sua profunda conversão ao Evangelho
de Cristo, tornou-se o grande apóstolo dos povos não judeus e destemido
defensor do Evangelho. Igualmente vítima de fortes perseguições, proclama com
fé inabalável: “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças... e eu fui
libertado da boca do leão; o Senhor me libertará de todo mal” (2ª leitura).
Também ele derramou seu sangue por amor a Cristo em Roma.
Nestes tempos também difíceis, em que o mundo
necessita tanto da luz de Cristo, pedimos que o testemunho e a intercessão
destas colunas da Igreja nos ajudem a sermos discípulos-missionários fiéis e
decididos de Jesus Cristo, unidos na oração e na caridade.
Autor: Pe. Roni Osvaldo Fengler