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01 de julho: Solenidade de São Pedro e São Paulo
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A Solenidade de São Pedro e São Paulo nos ensina que a Igreja, à qual pertencemos, está alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos, conforme as palavras de Cristo: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja” (Mt 16,18), e “quem vos ouve, a mim ouve” (Lc 10, 16). A fé que hoje professamos é a mesma professada e ensinada pelos apóstolos, chamados, preparados e enviados pelo próprio Cristo. Bela é a antífona de entrada desta solenidade: 
“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.” 
Pedro e Paulo, cada qual a seu modo, deram o melhor de si para cumprir a missão a eles confiada. Ambos eram de espírito decidido e apaixonados pelo Evangelho.
Pedro, designado pelo próprio Cristo como o primeiro dentre os apóstolos, apascentou o rebanho a ele confiado com profundo e sincero amor, confirmando-lhes a fé com o derramamento do próprio sangue quando conduzia a Igreja de Roma. Como porta-voz da comunidade dos discípulos, resume a fé cristã: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (evangelho). Nestes dois títulos (“Cristo” e “Filho de Deus”) o evangelista Mateus resume a fé e a catequese da sua comunidade sobre Jesus. Pedro, seguindo os passos do Mestre, é perseguido e preso (1ª leitura). A Igreja rezava por ele e, mesmo fortemente vigiado, o anjo de Deus o libertou. Obedecendo à ordem “levanta-te depressa”, as correntes caíram. A Igreja não pode ficar esmorecida e desanimada. Ao levantar-se com decisão e confiança, mesmo em momentos bem difíceis, e fortalecida na oração, as amarram se soltam e a missão continua firme. Não é à toa que nosso papa Francisco, atual sucessor de Pedro, sempre pede à Igreja: “Rezem por mim!” Orar pelo papa significa orar por toda a Igreja que ele, no lugar de Pedro, conduz, governa e alenta. 
Paulo, após sua profunda conversão ao Evangelho de Cristo, tornou-se o grande apóstolo dos povos não judeus e destemido defensor do Evangelho. Igualmente vítima de fortes perseguições, proclama com fé inabalável: “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças... e eu fui libertado da boca do leão; o Senhor me libertará de todo mal” (2ª leitura). Também ele derramou seu sangue por amor a Cristo em Roma. 
Nestes tempos também difíceis, em que o mundo necessita tanto da luz de Cristo, pedimos que o testemunho e a intercessão destas colunas da Igreja nos ajudem a sermos discípulos-missionários fiéis e decididos de Jesus Cristo, unidos na oração e na caridade.
Autor: Pe. Roni Osvaldo Fengler