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05 de agosto: 18º domingo do Tempo Comum
Créditos foto: Reprodução/Internet Full Width Post Format
“É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu”
Após a multiplicação dos pães e dos peixes, o povo corre atrás de Jesus. Mas Jesus, que conhece o íntimo das pessoas, não se deixa enganar. Na verdade, não buscam a ele, a sua pessoa, mas o pão (pão diário, fácil e gratuito). Jesus dialoga com eles francamente, dizendo que eles não haviam entendido os sinais: a multiplicação dos pães era um sinal a indicar uma realidade mais profunda e mais importante. E os aconselha a buscar não o pão que se perde, mas o alimento que garante a vida eterna. Aí o povo lembra do sinal que Moisés havia dado no deserto: o maná, que eles chamavam de “pão do céu” (1ª leitura). Então Jesus aprofunda o diálogo dizendo:   
“Não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 
O ponto de partida da catequese e atividade é “o pão nosso de cada dia”, mas o ponto de chegada é o próprio Senhor Jesus Cristo: 
“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. 
O milagre da multiplicação só aconteceu porque alguém colocou à disposição de todos o pouco que tinha. É preciso se entregar inteiramente a Ele e crer na sua palavra e no seu poder. Ele sim, é “o pão do céu”, um alimento capaz de dar a vida ao mundo e garantir a vida eterna. Alimentar-se deste pão – que é Jesus – implica em saber abrir o coração para sua mensagem de solidariedade e de partilha. Esse é o caminho para um mundo novo, onde se acaba com a fome, com a miséria, com as injustiças e com toda espécie de pecado. 
Nosso encontro com Jesus na Eucaristia é sempre uma oportunidade para abrir ainda mais nossa mente e nosso coração para buscar o verdadeiro pão do céu. 
A 2ª leitura é uma joia neste ano do Batismo que nossa diocese está vivendo. O apóstolo Paulo pede que deixemos o homem velho, isto é, a vida pagã, a mentalidade fútil, as paixões enganadoras que conduzem ao nada, para nos tornar homens novos: “Renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”. 
O Batismo é assim o mergulho na vida de Deus, na lógica do amor verdadeiro, da solidariedade. É a renúncia ao demônio, à vida de pecado, para seguir a Cristo e se alimentar na mesa da Palavra e na mesa da Eucaristia, que em cada domingo Deus prepara gratuita e generosamente para nós.
Autor: Pe. Roni Osvaldo Fengler