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04 de novembro: Solenidade de Todos os Santos
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“Alegrai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus”
A solenidade de todos os Santos e Santas quer renovar em nós a alegria do Evangelho e reavivar a fé na eterna bem-aventurança daqueles que aqui procuraram viver com sinceridade os ensinamentos de Jesus Cristo. 
As bem-aventuranças proclamadas por Jesus no Sermão da Montanha (evangelho) são o caminho da santidade, ou se quisermos, o caminho da felicidade. É um projeto de vida que entusiasmava intensamente a Jesus de Nazaré, o “santo dos santos”, assumido por ele com paixão e alegria durante toda a sua vida. E ele quer associar todos os seus seguidores a este caminho, proclamando bem-aventurada toda pessoa que – como ele – for pobre de espírito, aflita em ajudar o próximo, mansa, faminta e sedenta de justiça, misericordiosa, promotora da paz, injuriada e perseguida por cumprir a vontade de Deus. Quanto mais ela seguir este caminho, tanto mais será imagem e semelhança de Deus. 
Na festa litúrgica de hoje, a mãe Igreja contempla exultante todos os seus filhos e suas filhas que aqui na Terra conservaram a integridade da fé e agora gozam das eternas bem-aventuranças. Todos estes santos (e não somente os canonizados) são para nós intercessores e exemplo da vivência do Batismo. A esta vida santa todos nós batizados somos chamados. 
O Apocalipse (2ª leitura) fala de uma incontável multidão de todas as nações: “Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão... Vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro” (Ap 7,9.14). O texto acentua a salvação em Cristo (ele é o Salvador) e a universalidade da salvação (todos são chamados à vida eterna). As palmas verdes são símbolo da vitória e da vida plena. A tribulação, além de indicar a perseguição que os cristãos de todos os tempos sofreram (e continuam sofrendo), indica também as provações diárias a que os todos os fiéis estão sujeitos no caminho da santidade. Aqui eles podem perder os bens e até a vida, mas, na vida futura, receberão um reino feliz, glorioso e eterno, que na verdade já começa aqui. 
As bem-aventuranças são um grito de júbilo, um hino de alegria pela chegada do Reino de Deus. Com Jesus está nascendo uma vida nova, que continua florescendo e se espalhando em seus seguidores. Muitos poderão ser jogados na prisão, torturados e até martirizados, porém está reservado para eles uma herança incorruptível, pois são filhos de Deus e, por isso, seus herdeiros. Um dia ouvirão do Senhor: “Vinde benditos de meu Pai, entrai na posse do Reino”, “pois o que fizestes ao menor dos irmãos foi a mim que fizestes”.
Autor: Pe. Roni O. Fengler