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11 de novembro: 32º domingo do Tempo Comum
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“Então chegou uma pobre viúva que deu duas moedas de prata”
"Eu vos digo: esta pobre viúva deu mais do que todos os outros”
As leituras deste domingo falam do verdadeiro culto que devemos prestar a Deus: A Deus não interessam tanto grandes manifestações, ritos externos que impressionam pela suntuosidade ou pelas aptidões artísticas. Ele ama e acolhe muito mais uma atitude humilde de entrega em suas mãos, de confiança em sua providência, de acolhimento generoso dos seus ensinamentos, de generosidade em favor dos irmãos e da sinceridade das ações.
A 1ª leitura nos apresenta o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta que está disponível em acolher os apelos de Deus e, apesar de sua extrema indigência, partilha tudo o que possui com o profeta Elias. Em resposta, Deus a recompensa com seus dons: a vasilha de farinha e a jarra de óleo não diminuem até que veio a chuva. A lição é clara: a generosidade, a partilha e a solidariedade não nos empobrecem, mas são geradoras de vida e de alegria incomensurável.
O Evangelho traz o exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva. Enquanto outros (ricos) colocam grandes somas, mas que representam suas sobras, ela dá duas moedinhas de pouco valor comercial, mas de grande valor existencial, pois representavam tudo o que ela possuía. 
Qual é o verdadeiro culto que Deus quer de seus filhos? Que seja um culto existencial, verdadeiro, sincero. Que eles sejam capazes de lhe oferecer tudo, com espírito generoso, num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Somente os pequeninos (os que não têm o coração cheio de si próprios) são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera. E este é um culto sempre fecundo e fonte de vida. 
A 2ª leitura nos apresenta o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em nosso favor. Com seu sacrifício ofereceu a Deus o dom perfeito. Se deu totalmente. Qual o dom que Deus espera de nós? Não uma vida pela metade, mas dom total. Também não oferecer a Ele o tempo em que não temos nada de importante a fazer, e nem o dinheiro que sobra. Deus espera de nós o dom da nossa vida e a confiança ilimitada em seu amor providente. Da mesma forma, o dízimo que entregamos na Igreja não pode ser nossa sobra, mas fruto do nosso suor e de nosso coração generoso e solidário, fruto de nossa fé madura e de nosso culto sincero e agradecido.
Autor: Pe. Roni O. Fengler