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17 de março: 2º domingo da Quaresma
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“Este é o meu Filho! Escutai o que Ele diz!”
1ª leitura (Gn 15,5-12.17-18): A Aliança de Deus com Abraão. 
Deus oferece sinais para que acreditemos nele. Assim foi também com Abraão, o “Pai da fé”: ele assumira sua caminhada na total obediência a Deus, mas não tinha descendência. Deus lhe prometeu descendência e Abraão não duvidou; assim, é considerado justo por Deus. O sinal da promessa é um sacrifício, mas o trabalho do servo de Deus não foi fácil, exigindo firmeza e paciência. Por fim, Deus acolhe a oferenda e faz aliança com Abraão e sua descendência.
2ª leitura (Fl 3,17–4,1 ou 3,20–4,1): “Continuai firmes no Senhor”.
Paulo anuncia que Cristo nos transfigurará conforme sua existência gloriosa. Todos nós somos chamados a ser filhos de Deus. Nosso destino verdadeiro é a glória que Deus nos oferece. Mas para chegar lá, devemos, como Abraão e Jesus, iniciar nosso “êxodo”, nossa caminhada de fé e de amor fraterno, comprometido com transformação do mundo. O caminho pode ser penoso (= Calvário). Por isso o insistente apelo: “Continuai firmes no Senhor”.
Evangelho (Lc 9,28b-36): “Este é o meu Filho, o Escolhido”:
Um pouco antes de tomar resolutamente o caminho de Jerusalém (onde iria morrer), Jesus anunciou sua morte e ressurreição (Lc 9,22) e depois levou Pedro, João e Tiago a testemunharem no monte a sua transfiguração. “Em oração” (Jesus é o modelo do orante), ele tem um diálogo com Moisés e Elias, representantes da Lei e dos Profetas, os “precursores escatológicos”. Eles falam com Jesus sobre o “êxodo” que ele há de cumprir em Jerusalém (Jesus repete e plenifica a história do seu povo).
A mensagem da transfiguração de Cristo não é somente a sua vitória em Jerusalém, mas também o nosso destino final. Ao querer construir três tendas no Tabor (querem permanecer com Jesus na sua glória), os apóstolos revelam que não entenderam isso. Ainda não sabiam que o caminho da ressurreição passava pela paixão e que eles mesmos deveriam seguir este caminho até o fim, para então sim chegarem à glória. “Nossa pátria está no céu”, responde Paulo àqueles que se fixam em questões materiais, cujo deus é “sua barriga”. É preciso iniciar nossa transfiguração na terra, a nova vida em Cristo, para depois, com ele, sermos transfigurados plenamente no céu.
Autor: Pe. Roni Osvaldo Fengler