1ª leitura (Js
5,9a.10-12): Os israelitas alimentam-se com pão novo, na Terra Prometida.
Passado
o tempo da escravidão e do deserto, começa uma realidade nova, celebrada pelo
pão novo (ázimo): os israelitas viverão em paz na terra enquanto ficarem fiéis
ao Deus Libertador. A entrada na Terra
Prometida, mais do que uma conquista militar, significa a eficácia da Aliança e
a entrada na vocação específica de “povo de Deus”: ser luz para todas as nações,
na fidelidade a Deus.
2ª leitura (2Cor
5,17-21): O mistério da reconciliação.
Em Cristo, Deus nos
fez pessoas novas. Nele fomos regenerados, reconciliados, “recriados”. Fomos
libertados da vergonhosa escravidão do pecado. O apóstolo Paulo quer que todos
participem desta reconciliação, já que ela custou a vida do Filho de Deus, que
se entregou livremente por nós. E faz um apelo: “deixai-vos reconciliar com
Deus”.
Evangelho (Lc 15,1-3.11-32): O filho
pródigo: reconciliação e alegria.
Jesus é criticado por sentar-se à mesa com
os pecadores. Neste contexto, narra as parábolas da ovelha perdida, da moeda
extraviada e do Pai misericordioso. Este acolhe seu filho que o havia
abandonado, mas que depois retorna humilde e arrependido. Deus nos ama com amor
gratuito, fiel e terno, apesar de nossas escolhas às vezes equivocadas. Jesus
se alegra com os pecadores que se convertem. O irmão mais velho representa a
“justiça” vista por olhos humanos: geralmente mesquinha, incapaz de
misericórdia, que só consegue se alegrar com a observância da lei e da ordem. Deus,
porém, vai além da justiça humana e se alegra com a nova criação, fruto da
conversão e da reconciliação: “Era preciso festejar e alegrar-nos, pois este
teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado”.
Quem não precisa de reconciliação e acolhida?
Autor: Pe. Roni O. Fengler