Ao anoitecer do domingo da ressurreição, Jesus se apresenta no meio dos apóstolos que se encontravam reunidos com medo, de postas trancadas e assustados. E oferece a eles seu primeiro dom: A paz, a plenitude dos bens cristãos. Os discípulos se alegraram imensamente com a presença do Senhor. Mas essa alegria precisa se alastrar, precisa contagiar o mundo. Assim, Jesus imediatamente lhes confere uma missão: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.              

Mas terão eles condições de levar em frete a missão do próprio Filho de Deus? Sozinhos não, mas com a força do Espírito Santo sim! Por isso, Jesus sopra sobre eles conferindo-lhes o Espírito Santo. Agora estarão em condições de assumir seu papel, de perdoar pecados e de exercer a misericórdia, sem a qual é impossível criar um mundo novo e reconciliado. O Espírito Santo rompe com o medo paralisante.              

Alguém, entretanto, não estava reunido com os demais: Tomé. Ele só pôde fazer a experiência do Ressuscitado, experimentar a alegria da presença de Cristo, quando no domingo seguinte se reuniu com a comunidade apostólica. Jesus repreendeu sua falta de fé (que o levou inclusive a se afastar do grupo e a rejeitar seu testemunho) e pede que toque suas chagas. Tomé, então, faz uma linda profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus!”              

Às vezes somos como Tomé: nos afastamos por um tempo da comunidade, não acreditamos no testemunho dos irmãos e perdemos, assim, a alegria do encontro com o Senhor.              

Tendo renovado nosso Batismo na Vigília Pascal, queremos ser como o novo Tomé que nunca mais abandonou sua comunidade, assumiu de corpo e alma sua missão e foi fiel até o fim. E com ele queremos dizer: “Senhor, eu creio firmemente em ti e quero te seguir por toda a minha vida. Quero testemunhar a alegria do Evangelho a todos os meus irmãos, onde quer que eu estiver, pois és meu Senhor e meu Deus!”