"As minhas ovelhas escutam a minha voz”
As palavras de Jesus - no evangelho deste domingo (Jo 10, 27-30) - são dirigidas aos judeus
incrédulos que exigem que Jesus declare a eles abertamente se ele é ou não o
Messias esperado. Jesus, usando a simbologia do pastor, censura-os pela sua
falta de fé. Eles não são “ovelhas do seu redil”, por isso não escutam, não
acreditam e não seguem a sua voz. Falta-lhes a docilidade, a humildade e o amor
de seus seguidores, de suas “ovelhas”. Estas sim, escutam e seguem a sua voz.
No domingo
passado, no episódio da pesca milagrosa, Pedro e seus companheiros ouviram e
obedeceram a voz do Senhor, tornando-se assim pescadores de homens. A 1ª leitura de hoje (At 13, 14.43-52)
apresenta a ação missionária de Paulo e seu companheiro Barnabé. Também estes
obedeceram ao mandato do Senhor e se tornaram pescadores de homens. Nenhuma
perseguição consegue intimidá-los. O que lhes importa é conduzir muitas pessoas
a Cristo, o Bom Pastor da humanidade.
As ovelhas
fiéis, as que conhecem e escutam a voz do pastor, terão segurança e vida. O Bom
Pastor promete segurança e vida digna. Enquanto seguirem sua voz, ninguém
poderá arrebatá-las de suas mãos.
Jesus
continua dizendo: «Eu e o Pai somos um». Ainda se servindo da imagem do pastor,
explica a missão que o Pai lhe confiou: guiar o rebanho aos prados eternos,
livrando-o dos perigos e dos ladrões. O pastor e o rebanho constroem uma vida
em comum.
Definindo-se
como o Bom Pastor, Jesus nos ajuda a entender a nossa relação com ele, e a dele
conosco: não são as ovelhas que alimentam a ele, mas ele, o Pastor, dá sua vida
em alimento. Ele perpetua seus cuidados de pastor pelo anúncio da Palavra, pela
Eucaristia, pelo perdão dos pecados. Para isso, o Espírito suscita os
diferentes ministérios, dentre os quais o sacerdócio ministerial, instituído por
Cristo na quinta-feira santa. Os apóstolos e seus sucessores devem continuar a
missão de Cristo Bom Pastor.
Deste modo,
rezamos hoje de modo especial pelos presbíteros da Igreja e pedimos por muitas
e santas vocações sacerdotais. Que os chamados e escolhidos saibam responder
com generosidade e alegria.
Autor: Pe. Roni O. Fengler