“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos”
O que identifica os seguidores de Jesus? Qual é a
sua principal característica?
O
evangelho de hoje (Jo 13,31-35) nos dá a resposta: é a capacidade de amar como Jesus
amou!
Não é a teoria, e sim a prática
que faz a diferença.
No Evangelho, Jesus se despede
dos seus discípulos e lhes deixa o seu testamento: O mandamento novo: “amai-vos
uns aos outros, como eu vos amei”. A vocação cristã consiste em testemunhar no
mundo o amor materno e paterno de Deus. «Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros».
O verbo “amar”, utilizado aqui
pelo evangelista, define o amor que faz dom de si, até ao extremo. É um amor que
não guarda nada para si, que é entrega total e absoluta. O ponto de referência
no amor é o próprio Jesus (“como Eu vos amei”). As duas cenas anteriores (o
lava-pés e a despedida de Judas) definem a qualidade do amor que Jesus pede: em
acolher, em servir, em abaixar-se diante dos outros, conferindo-lhes dignidade
e liberdade (lavar os pés). Sem discriminação, respeitando a liberdade do outro
(episódio de Judas). E sem limites, numa doação total (Jesus dá sua vida na
cruz). É este o amor eucarístico.
A
1ª leitura (At 14,21-27) evoca a vida
das primeiras comunidades cristãs, chamadas a viver no amor fraterno. Mesmo em
sofrimentos, os irmãos e irmãs se ajudam, se fortalecem uns aos outros e se
amam de verdade. É esse projeto que motiva os missionários Paulo e Barnabé. É
isso que eles levam aos confins da Ásia Menor, com a generosidade de quem sabe
amar e se sente amado por Deus e pelas comunidades.
A
2ª leitura (Ap 21,1-5) lembra a meta
final de todos os que são chamados a viver no verdadeiro amor: a realização
plena da sua esperança num “novo Céu” e numa “nova Terra”, quando Deus vai
enxugar todas as lágrimas dos seus olhos e será o seu Deus para sempre.
O evangelho está no ambiente da Santa Ceia:
Nossas celebrações litúrgicas devem celebrar e fomentar este amor entre nós.
Autor: Pe. Roni O. Fengler