“Não tenhais medo,
pequenino rebanho”
Os textos de hoje nos motivam a viver numa fé madura,
ancorada na confiança em Deus e na vigilância.
A 1ª
leitura (Sb 18,6-9) traz as palavras de um sábio, para quem a
felicidade só é possível quando se está atento aos valores de Deus, sendo fiel
e agradecido a Ele, que fez maravilhas. A comunidade de Israel, confrontada com
um mundo pagão e imoral, que sempre questiona sua conduta, precisa ser uma
comunidade “vigilante”, corajosa e confiante, que sabe discernir entre os
valores passageiros e os duradouros. O pacto celebrado com Deus não deve ser
quebrado.
A 2ª
leitura (Hb 11,1-2.8-12) apresenta Abraão e Sara como modelos de fé para os
fiéis de todas as gerações. Provados na fé, atentos e fiéis aos apelos de Deus,
souberam descobrir os bens futuros nas limitações e na precariedade da vida cotidiana.
O
Evangelho (Lc 12,32-48) traz uma ampla catequese sobre a vigilância. O
verdadeiro discípulo tem uma atitude de espera serena e atenta diante do Senhor
que vem ao seu encontro. Ele está sempre pronto a cumprir aquilo que a
construção do Reino de Deus exige. E não tem medo diante dos desafios, mesmo se
quando a comunidade se sente pequena e frágil: “Não tenhais medo, pequenino
rebanho”.
Nas
catequeses anteriores, Jesus falou sobre o desprendimento face aos bens da
terra e sobre o abandono nas mãos de Deus. Hoje Jesus incentiva seus seguidores
à perseverança, à fidelidade e à dedicação em servir. A recompensa será
abundante: “Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando
chegar... Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os
servirá”. Jesus dá conselhos concretos:
*ter “os rins cingidos” = prontidão para servir;
*ter “as lâmpadas acesas” = guardar a fé batismal;
*ser um administrador fiel e prudente da casa do Senhor para
dar comida a todos na hora certa = estar sempre vigilante, atento às
obrigações, mesmo na ausência do patrão; anunciar a Palavra de Deus a todos, colocando
dons e qualidades à disposição, pois, “a quem muito foi dado, muito será
pedido”.
Autor: Pe. Roni O. Fengler