Artigos e Notícias -voltar-
08 de agosto: Romaria da Santa Cruz
Créditos foto: Reprodução/Internet Full Width Post Format
 “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!” 
  • No 2º domingo de setembro a diocese de Santa Cruz do Sul realiza sua Romaria Diocesana. Assim, substituiremos a reflexão do 23º domingo do Tempo Comum pela Festa da Exaltação da Santa Cruz, que no calendário aparece no dia 14 de setembro.
A Festa da Exaltação da Santa Cruz é muito antiga. No dia 13 de setembro do ano 335 foram dedicadas duas importantes basílicas em Jerusalém, uma no Gólgota (onde Cristo foi crucificado) e outra no Santo Sepulcro (onde Cristo foi sepultado e ressuscitou), construídas por ordem do Imperador romano Constantino, sob influência de sua mãe Santa Helena. No dia seguinte, 14 de setembro, o bispo de Jerusalém mostrou a cruz ao povo, erguendo-a bem alto para os quatro pontos cardeais e expondo-a para veneração pública.                
A 1ª leitura (Nm 21,4b-9) lembra a passagem em que Moisés ergue uma serpente de bronze para salvar o povo do veneno das serpentes. No evangelho (Jo 3,13-17), Jesus diz: “Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.” Clara alusão à sua crucificação e morte redentora na cruz.                
O mistério da morte de Cristo na cruz é loucura para o mundo. Para os cristãos, todavia, é mistério de redenção. Na Sexta-feira Santa há um rito em que uma cruz velada é introduzida na igreja. Três vezes, enquanto o crucifixo é descoberto, se proclama cantando: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!” O povo responde: “Vinde, adoremos!” No absurdo da cruz, na aparente derrota na cruz, proclamamos que brotou a vida do mundo! A contemplação do mistério da cruz renova nossa esperança e nos dá alento na dor.                
O evento da cruz, portanto, na qual o Senhor deu sua vida por nós, faz parte do centro da nossa fé. Por ela Jesus venceu a morte e ingressou na vida da ressurreição. Por meio de Moisés o povo foi libertado do veneno que levava à morte física. Por meio de Jesus o povo é libertado do veneno do pecado que leva à morte eterna.                 
Estamos no Ano da Eucaristia. Apesar de tantos absurdos da humanidade, de tanta rejeição ao plano de Deus, o que crucifica tantos inocentes, Deus não se cansa do seu povo: “Amou tanto o mundo que entregou o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer, não morra, mas tenha a vida eterna”. Em toda celebração eucarística o Senhor atualiza sua entrega redentora: é o sacrifício eucarístico, em que buscamos alimento para a nossa vida direto na fonte salvadora.
Autor: Pe. Roni O. Fengler