Artigos e Notícias -voltar-
22 de setembro: 25º Domingo do Tempo Comum
Créditos foto: Reprodução/internet Full Width Post Format
"O administrador astuto"
As leituras de hoje nos levam a refletir sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais ocupam em nossa vida. Os discípulos de Jesus não devem permitir que a ganância e o desejo imoderado do lucro dominem suas vidas, condicionem suas opções, e pior que tudo, ocupem o lugar primordial. Este lugar deve pertencer a Deus. “Ninguém pode servir a dois senhores... Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”
Na 1ª leitura (Am 8,4-7), o profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar sempre mais as suas riquezas, explorando a miséria dos pobres e provocando duros sofrimentos. O profeta adverte: A exploração e a injustiça não passam despercebidas aos olhos de Deus. Ele não aceita que seus filhos sejam oprimidos e lesados em seus direitos.
O Evangelho (Lc 16,1-13) apresenta a parábola do administrador astuto. Jesus apresenta aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo são precários. Por isso, antes de ser despedido, deixou de esbanjar e passou a usar deles para assegurar valores mais duradouros e consistentes.
O problema não está nos bens em si. Eles são necessários para nossa sobrevivência. A questão é o lugar que eles ocupam em nossa vida e a forma como os adquirimos e os usamos. Não devemos prender a eles o nosso coração, e de modo algum adquiri-los por meios ilícitos e que ferem as relações de justiça e de fraternidade. Muito menos colocar neles o sentido da vida. Só em Deus encontramos o verdadeiro sentido da nossa existência. A riqueza pode ser traiçoeira e sedutora. Os bens passageiros podem facilmente nos fazer seus escravos. Deus, ao contrário, nos torna livres. Livres para amar e partilhar. Na verdade, tudo o que possuímos vem de Deus e a ele pertencem. Somos “administradores” dos bens de Deus. Precisamos agir com responsabilidade e lealdade. 
  • Para meditar: Como uso e adquiro os bens materiais? Como uso meus talentos e minha inteligência? Somente para mim ou sei colocá-los a serviço dos outros, da comunidade, honrando o nome de Deus?

Autor: Pe. Roni O. Fengler