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06 de outubro: 27º domingo do TC – Ano C
Créditos foto: Reprodução/Internet Full Width Post Format
 “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”
Evangelho (Lc 17,5-10): Jesus estava exortando seus discípulos sobre vários assuntos, entre os quais sobre a fé, o cuidado para não serem motivo de escândalo e a necessidade de estarem sempre prontos a perdoar o irmão. Como reação, eles lhe fazem um pedido: “Aumenta a nossa fé”. Jesus responde comparando a fé com um grão de mostarda e insistindo no espírito de serviço. Ele o faz lembrando uma realidade da época, em que os servos, depois de fazerem seu serviço diário com diligência, não esperavam do senhor um agradecimento e nem um convite para se sentarem com ele à mesa. E conclui: “Assim também vocês: quando tiverem feito tudo o que for preciso, digam: somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”.
O Evangelho insiste constantemente no espírito de serviço. Os cristãos conscientes sabem disso, pois o próprio Filho de Deus, a quem seguem, não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20,28). Ele mesmo o disse: “Eu estou no meio de vocês como aquele que serve” (Lc 22,27). Ele é o servo de Deus que “se despojou, assumindo a forma de escravo” (Fl 2,2-7), que lavou os pés dos discípulos (ação própria do escravo). 
Somos simples servidores. Já recebemos tantas provas do amor de Deus e jamais teremos como pagar o preço da nossa redenção. Não tenhamos a pretensão de exigir algo de Deus, como se ele estivesse devendo uma obrigação para nós. O que nos convém é imitar a bondade, a misericórdia, a humildade e a gratuidade do seu Filho, amando e servindo como ele amou e serviu. O cristão faz o bem sem procurar honras, glórias humanas ou aplausos. 
Não nos esqueçamos: não é Deus que precisa de nós; nós é que precisamos de Deus. Sabemos que Deus é bondoso, que recompensa o bem que fazemos, mas, em si, não temos o direito de exigir nada.
  • Para refletir: Estou disposto a ser como o Filho de Deus, que se apequena, se faz servidor, se abaixa para lavar os pés e aceita ser pregado na cruz para salvar os pecadores? Certamente também sentimos a necessidade de suplicar: “Senhor, aumenta a nossa fé”!

Autor: Pe. Roni O. Fengler