“Alegrai-vos e exultai, pois será grande a vossa recompensa”
Iniciamos o mês de novembro com duas celebrações que alimentam nossa fé
na feliz ressurreição.
Finados: Celebração da esperança
No dia
dois de novembro, com a celebração dos fiéis defuntos, ao fazermos memória
daqueles que já partiram para a eternidade, reafirmamos nossa fé no Mistério Pascal
de Cristo. Aos olhos puramente humanos, a morte é o fim, o ponto final. No
entanto, para nós que cremos em Cristo, a “vida não é tirada, mas transformada;
e, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”
(Prefácio). Na carta aos Romanos (3,6-9), São Paulo ensina que todos os
batizados se unem tão intimamente a Cristo, que são com ele sepultados para com
ele ressuscitar. Se com ele vivemos, com ele sofremos e com ele morremos, com
ele haveremos de ressuscitar.
Rezamos neste dia
por todos os falecidos, também por aqueles que ninguém mais lembra. Recordamos
também “das pessoas vítimas do descaso social: as vítimas da violência, do
terrorismo, da fome, das guerras, das injustiças, do tráfico de drogas, do
tráfico humano, do trânsito, do descaso dos centros de saúde, do abandono
familiar; recordamos também as crianças que não tiveram permissão para
participar do convívio social e foram abortadas” (Dom Jaime Spengler).
Mesmo que a morte
de uma pessoa querida nos entristeça, não desesperamos, pois a promessa da
imortalidade nos traz consolo. É, portanto, um dia que evoca saudade, esperança
e compromisso: a dor da saudade é momento forte para testemunhar nossa
esperança na feliz ressureição.
Todos os Santos: Chamados à santidade
A Igreja celebra nesta solenidade “uma multidão imensa... que ninguém
podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes
brancas e traziam palmas na mão” (1ª leitura - Ap 7,2-14). São os santos e
santas que já vivem na bem-aventurança prometida por Cristo aos que o amam:
viveram perseverantes seu batismo (vestes brancas) e venceram as ciladas do
maligno (palmas na mão).
No evangelho (Mt
5,1-12a), do alto da montanha, Jesus proclama as bem-aventuranças como caminho
para a santidade, à qual todos os batizados são chamados. Na verdade, este
caminho de santidade é o que o próprio Cristo trilhou, desde o presépio até a
cruz. Como ele, será feliz para sempre quem se faz pobre, vive a misericórdia e
a mansidão, promove a paz, é puro de coração, pratica a justiça e não desanima
diante de injúrias e perseguições. Os santos nos mostram que isto é possível
também para nós. Todos os que seguirem este caminho de santidade e discipulado
ouvirão de Cristo estas divinas palavras: “Pulem de alegria, porque será grande
a vossa recompensa nos céus”.
Autor: Pe. Roni O. Fengler