“Os que ressuscitarem serão iguais aos anjos”
Enquanto o ano litúrgico se encaminha para sua conclusão, os textos abordam a realidade da vida futura, lembrando a promessa de participação na vida divina a todos os que permanecem fiéis no seguimento a Cristo.
Evangelho (Lc 20, 27-38): Já no tempo de Jesus havia pessoas que não acreditavam na ressurreição. Era o caso dos saduceus, que levavam uma vida confortável. Eles, para colocar Jeus em dificuldade, propõem a ele um caso bem complicado de uma mulher que teve sete maridos. De quem ela seria esposa na ressurreição? Jesus responde que nesta vida as pessoam vivem a realidade do casamento, “mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam e nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus”.
Em sua catequese, Jesus deixa claro que a vida não será interrompida pela morte, pois Deus é eterno e oferece a herança eterna a todos os seus filhos e filhas. Deus lhes oferece verdadeiramente a filiação divina. Deus Pai não os abandonará, mas os fará participar da ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, na glória e comunhão eternas.
Como os saduceus só aceitavam como texto sagrado a Torá, Jesus argumenta a partir dos patriarcas. Como se poderia afirmar que “Deus é o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó” se estes não existissem mais? E conclui: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”.
A 1ª leitura (2Mc 7,1-2.9-14) traz o episódio em que uma mãe piedosa e seus sete filhos, mesmo cruelmente torturados pelo rei, não abdicam de sua fé na ressurreição e na recompensa eterna. O próprio rei e seu grupo ficam impressionados com a firmeza da fé destes adolescentes. Lembram o próprio Cristo, bem como a mãe Igreja e seus inúmeros filhos mártires.
Na 2ª leitura (2Ts 2,16–3,5), São paulo exorta a comunidade de Tessalônica a perseverar na fé e nas boas obras graças à esperança na consolação eterna. E, em meio às perseguições, faz um comovente apelo: “Rezai também para que sejamos livres dos homens maus e perversos, pois nem todos tem fé”. E conclui com uma profissão de fé que nos dá força e motivação a perseverar nos caminhos de Deus, apesar de todas as adversidades que possamos encontrar:
“O Senhor é fiel; ele vos confirmará e vos guardará do mal.”