As leituras preparam a festa de Cristo Rei, um rei que foi rejeitado, torturado e crucificado. A mensagem de Cristo, que transforma a realidade e oferece vida digna ao povo, sofre forte resistência. No evangelho de hoje (Lc 21, 5-19), Jesus alerta que a adesão a ele e ao seu evangelho também poderá provocar incompreensões e perseguições, até mesmo em ambientes mais próximos, como entre familiares e amigos. “Sereis odiados por causa do meu nome”. “Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos”. É sabido que o Papa Francisco, homem de Deus e profeta da verdade, sofre duras resistências e oposições até mesmo por grupos internos, que se dizem defensores da fé. São Paulo dizia, ao ser rejeitado, “completo em minha carne, o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24).  

Outro alerta que Jesus faz é o perigo de ser enganado: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente!” Quantas vezes o povo já se viu enganado por falsos profetas ou falso salvadores. Só falam de Deus quando lhes convém e do modo como lhes convém. Será que hoje é diferente?

Apesar de tudo, o Senhor diz: “Não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam, mas não será logo o fim”. Sim, Deus não se deixa vencer. A última palavra será dele. Mais cedo ou mais tarde a verdade se revelará, como não tardou para que o mundo percebesse que Jesus de Nazaré, rejeitado e condenado pelos poderosos do seu tempo, chamado de subversivo e perigoso, era de fato o Filho de Deus, o rei eterno e universal. E ele continua dizendo aos injustamente perseguidos e condenados, aos que são verdadeiramente seus: