“Foi transfigurado diante deles e apareceram Moisés e Elias”
Com a celebração da Quarta-Feira de Cinzas iniciamos nossa caminhada rumo à Pascoa, caminhada de renovação do batismo. No 1º domingo ouvimos o Evangelho das tentações. O inimigo que tentou Jesus, e que também tentará a todos os batizados, quer estragar o projeto de Deus. Mas, unidos a Cristo, e somente assim, nós também podemos vencer as forças do mal.
• Evangelho (Mt 17, 1-9): Neste segundo domingo da quaresma subimos com Jesus ao monte da Transfiguração para com ele descer fortalecidos na missão.
Jesus tinha acabado de anunciar sua paixão e morte. Agora sobe ao monte com três discípulos e se transfigura diante deles, conversando com o líder do êxodo, Moisés, e o grande profeta, Elias. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus ensina que o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida. Não tenham receio de me seguir neste caminho. A Transfiguração é, assim, uma antecipação da ressurreição e uma pausa restauradora para se fortalecer na missão; revela que o sofrimento do cristão, como também o dos profetas e dos patriarcas, recebe seu sentido à luz da Ressurreição do Senhor, o autor da Páscoa Definitiva.
Sendo tempo de missão, não é hora de construir tendas, de se estabelecer na montanha. É necessário descer e acompanhar Jesus na dolorosa e decisiva caminhada para Jerusalém, com a mesma coragem e determinação de Moisés e Elias. Apesar de alguma resistência inicial, os discípulos acabaram aceitando e se entregando à missão, no seguimento ao Mestre.
O seguidor de Jesus Cristo não sucumbe frente à dor e ao sofrimento, pois crê na Ressurreição; não se desespera com a cruz da sexta-feira-santa, pois sabe que ela conduz ao domingo da Páscoa.
Toda celebração litúrgica é um “subir ao monte” para fazer a experiência da Transfiguração, deixando-se iluminar pela luz de Cristo, o Filho amado do Pai. E é um descer para continuar com novo ânimo a caminhada de fé, na esperança e na caridade.
Autor: Pe. Roni O. Fengler