“Soprou e disse: Recebei o Espírito Santo”
Evangelho: Jo 20,19-23
- “Estando fechadas as portas, por medo dos judeus, Jesus entrou e pôs-se no meio deles”: Também nós fizemos, neste tempo de pandemia, a experiência de permanecer entre quatro paredes, com portas e portões fechados (não por medo dos judeus, mas como proteção diante do vírus que ceifou dezenas de milhares de pessoas mundo afora). E, como os discípulos, fazemos a experiência de que Jesus ressuscitado se coloca em nosso meio e não nos abandona.
- “A paz esteja convosco”: A paz que vem do Ressuscitado vence todo medo e qualquer barreira. Paz = plenitude dos bens, plenitude da vida em Deus.
- “Mostrou-lhes as mãos e o lado”: O caminho da paz passa pelas marcas concretas da paixão e cruz; para quem crê, porém, são marcas de vitória e de glória, e não de fraqueza e derrota.
- “Então os discípulos se alegraram”: a alegria é um sinal messiânico e escatológica, é a festa da ressurreição, é sinal de que o Reino da vida está em marcha. Sua fonte é o amor de Deus.
- Como o Pai me enviou, eu vos envio”: somos discípulos-missionários: amados, chamados e enviados por Cristo.
- “Soprou sobre eles”: é o sopro da nova criação, que gera vida nova.
- “Recebei o Espírito Santo”: O Espírito Santo é o grande e o maior dom do Ressuscitado, fonte e sustento de todos os demais dons (2ª leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13): Os dons e carismas, quando acolhidos e colocados a serviço, faz com que a comunidade não fique estéril.
- “A quem perdoardes os pecados...”: o perdão torna possível novas relações. Como Cristo, a Igreja deve transmitir o rosto misericordioso de Deus.
- Pentecostes: O Espírito Santo sopra onde quer e quando quer. É o sopro da vida nova em Cristo. Estamos no ano da Crisma: os que aderiram a Cristo pelo Batismo são, no sacramento da Confirmação, ungidos pelo Espírito. São novas criaturas, livres e firmes para testemunhar sua fé: do seu lar “até os confins da terra”.