“Eu te bendigo, ó Pai!”
Evangelho: Mt 11,25-30: Após o “discurso da missão” e o envio dos discípulos, Mateus relata as reações de pessoas e grupos frente a Jesus (cf. Mt 11,2–12, 50). O evangelho de hoje integra esta parte.
Jesus dirigira uma veemente crítica aos habitantes dos arredores do lago de Tiberíades porque se mantinham fechados e indiferentes. Agora Jesus se alegra porque sua mensagem encontra acolhida entre os pobres e marginalizados, pessoas consideradas estultas, impuras e pecadoras por aqueles que se julgavam sábios e entendidos, mas colocavam pesados fardos de leis e preceitos que não correspondiam à misericórdia de Deus.
Fazendo eco às palavras de Zacarias na 1ª leitura (Zc 9,9-10 - “Exulta, Sião! Rejubila, Jerusalém!”), Jesus louva ao Pai porque seu Evangelho (a boa notícia) é finalmente acolhido. Os mistérios do Reino encontram acolhida justamente nas pessoas pequeninas e desiludidas com a pesada religião “oficial”. Agora sim, o Evangelho da mansidão, da misericórdia e da alegria está encontrando terreno fértil. Jesus está sendo de fato “conhecido”.
No âmbito religioso, o grupo que se considerava conhecedor da lei (“sábios e entendidos”) era na verdade autossuficiente e orgulhoso, não deixando espaço para a mensagem de Jesus: “Ninguém conhece o Pai senão o Filho”. O que está escondido aos “sábios e inteligentes” e é revelado aos “pequeninos” é o verdadeiro “conhecimento” de Deus, isto é, uma experiência profunda e íntima do verdadeiro coração de Deus.
Jesus faz o convite “Vinde a mim!” porque sabe que somente pode conhecer a Deus Deus quem tem um coração puro e humilde como o dele. Somente o Filho de Deus tem a perfeita comunhão com o Pai, no Espírito. “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo” (2ª leitura - Rm 8,9.11-13).
Por isso o convite decisivo para todos nós: “Aprendei de mim!”
Autor: Pe. Roni O. Fengler