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30 de agosto: 22º domingo do Tempo Comum
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“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo”
 No Evangelho (Mt 16,21-27) Jesus revela aos discípulos que seu messianismo não segue a lógica do êxito humano, mas passa pela cruz. Nele se cumprem as profecias do “Servo Sofredor”, do justo que padece rejeição e perseguição, especialmente por parte das autoridades, como acontece com o jovem profeta Jeremias na 1ª leitura (Jr 20,7-9).
Pedro, seguindo a lógica humana, quer impedir isso. Não sonhava com um Messias sofredor. Jesus rejeita energicamente essa tentativa, percebendo nela uma armadilha do inimigo, cuja intenção é desviar o Filho de Deus de sua missão redentora.
O verdadeiro messianismo traz consequências práticas aos discípulos:
  • “renunciar a si mesmo”: renunciar ao egoísmo, à autossuficiência e à obstinação pelos projetos pessoais (riqueza, indiferença, domínio, fama);
  • “tomar a sua cruz”: cruz é a expressão de um amor total, radical, capaz de se dar até à morte; 
  • “seguir a Jesus Cristo”: Jesus convida a seguir seu caminho de entrega por amor; e explica que oferecer a vida por amor não significa perder a vida, mas ganhar a vida; quem é capaz de oferecer generosamente sua vida a Deus não é um fracassado, mas alguém que alcançará a vida eterna, que só Deus pode oferecer.
Por isso, na 2ª leitura (Rm 12, 1-2), Paulo insiste para nunca se “conformar com o mundo, mas sempre se transformar, renovando a maneira de pensar e de julgar”. Igual a Pedro, necessitamos constantemente mudar nosso modo de pensar e de julgar, para não cair nas armadilhas do inimigo. Só assim poderemos discernir bem a vontade de Deus, acolhendo-a no coração e praticando-a com devoção. 
Autor: Pe. Roni O. Fengler