“Eis que conceberás e darás à luz um filho”
2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16 Sl 88 Rm 16,25-27 Lc 1,26-38
Na 1ª leitura, Davi manifesta o desejo de construir uma casa para o Senhor Deus. Em resposta, Deus diz que é Ele é quem vai construir uma casa e suscitar um rei que estabelecerá seu trono para sempre. “Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho”.
A promessa se cumpre em Maria de Nazaré. Ela é uma figura toda singular. Ela foi a mulher escolhida e preparada por Deus Pai para gerar no seu ventre o Filho de Deus, o Messias Salvador. Por isso, ela é com razão chamada o “Tabernáculo de Deus”, o “Sacrário do Altíssimo”, a “Morada de Deus”. Que honra inestimável! Mas a maior honra dessa jovem mulher é ter dado seu sim à vontade de Deus e ter agido fielmente segundo sua promessa.
Maria viveu seu sim na alegria do nascimento de Jesus em Belém, na aflição da fuga ao Egito e na dor diante da cruz. Mas também no seu dia-a-dia no lar em Nazaré, como mãe e esposa, como filha de Sião e membro do povo de Deus.
Apesar de sua dignidade, Maria nunca perdeu sua humildade. Aliás, sua dignidade está justamente na sua perfeita humildade, agindo em tudo como “a serva do Senhor”. Após a vida pública de Jesus, sempre acompanhou seus passos, sendo com razão invocada como a primeira e a maior discípula de Jesus Cristo.
Maria ensina como se preparar para a festa do Natal, como transformar o nosso coração em manjedoura para acolher Jesus. Inspirados em seu “SIM”, não teremos dificuldades em deixar Jesus entrar em nossa vida e modificar tudo o que deve ser transformado.
O “sim” de Maria, além de marcar o início de um novo tempo, nos dá a coragem de também dizer o nosso “sim”, renovando o nosso tempo. Isso, porque a partir da revelação do Anjo, Maria sentiu-se totalmente segura de que o Espírito Santo lhe daria a assistência necessária no cumprimento da missão. Missão única e irrepetível. Assim também será com todos aqueles que se decidem a acolher com sinceridade os planos de Deus.
Autor: Pe. Roni O. Fengler