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24º Domingo do Tempo Comum "B"
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 “Quem quiser me seguir, tome a sua cruz e me siga”
 
1ª leitura: Is 50, 5-9a – O profeta, servo de Deus, enfrenta perseguições, humilhações, torturas. Contudo, sabe que sua vida não será um fracasso: quem confia no Senhor e vive em seus caminhos triunfará contra os adversários, pois “Deus é seu Auxiliador”.
2ª leitura: Tg 2,14-18 – Temos fé em Deus. É Deus quem salva, mas a verdadeira fé se traduz em ações concretas em favor do mundo e das pessoas. Se isso não acontecer, essa fé não passa de boas intenções, algo sem conteúdo e, portanto, sem valor.
Evangelho: Mc 8,27-35 – O evangelho segundo Marcos tem como pano de fundo a pergunta: “Quem é Jesus?” Agora inicia-se a segunda parte do evangelho, onde Jesus vai aprofundando a natureza da sua condição de Messias: “Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado..., ser morto, e ressuscitar depois de três dias”. Pedro costuma assumir o lugar da comunidade discipular. E as palavras de Jesus era tudo o que muitos não queriam ouvir, pois ia contra o que esperavam: um Messias triunfalista, restaurador da monarquia. Pedro leva Jesus à parte e tenta convencê-lo a seguir outro caminho. Rejeição, sofrimento, cruz, morte não se encaixavam em sua ótica. Jesus percebe nisso uma cilada do inimigo e repele Pedro energicamente: «Tu não pensas como Deus, e sim como os homens». A lógica do demônio deve ser rejeitada com firmeza. Por isso no rito do Batismo somos perguntados se renunciamos ao demônio, “autor e princípio do pecado”. Todo cristão deve, como Jesus, renunciar ao inimigo e acolher a vida nova em Deus.
Carregar a cruz: Em seguida, Jesus faz um forte apelo: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga!” Assumir a cruz é fundamental para o caminho da salvação. Para viver é preciso morrer. Morrer para o pecado, assumindo os sacrifícios inerentes ao Evangelho. Nosso fim último não é o gozo dos bens deste mundo, mas a comunhão com Deus. Nestes dias em que celebramos a Festa da Exaltação da Santa Cruz, lembramos uma passagem do Catecismo da Igreja Católica: «O caminho da perfeição passa pela Cruz. Não há santidade sem renúncia e combate espiritual. O progresso espiritual implica a ascese e a mortificação, que conduzem gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças» (nº 2015).

Autor: Pe. Roni O. Fengler