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A BÍBLIA NA CATEQUESE
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Palavra de Ânimo para as Catequistas
A BÍBLIA NA CATEQUESE

Olá! Sou Marcia Ester Hoff, catequista da comunidade matriz da Paróquia Nossa Senhora da Candelária. Irei fazer uma breve reflexão sobre o uso da Bíblia na catequese.

“Filipe acorreu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías e perguntou: Tu compreendes o que estás lendo? O eunuco respondeu: Como poderia se ninguém me orienta? Então, convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele”. (Atos dos Apóstolos 8, 30-31)

Nesta passagem, percebemos a importância da Palavra de Deus na educação da Fé, mas também, o papel do catequista neste processo.

No Diretório Nacional da Catequese, números 26 e 27, a função do catequista na orientação para o entendimento da Palavra de Deus fica bem definido:
“Deus na Sagrada Escritura falou através de homens e mulheres, de modo humano. A catequese tem como tarefa proporcionar a todos o entendimento claro e profundo de tudo o que Deus nos quer falar. O mais importante para o entendimento da Palavra de Deus e sua vivência é ler a Sagrada Escritura naquele mesmo Espírito em que foi escrita: é o Espírito Santo quem ajuda a apreender com exatidão o sentido dos textos sagrados e seu conteúdo.
A catequese é um dos meios pelos quais Deus continua hoje a se manifestar às pessoas. Ela atualiza a Revelação acontecida no passado. O catequista experimenta a Palavra de Deus em sua boca, à medida que, servindo-se da Sagrada Escritura e dos ensinamentos da Igreja, vivendo e testemunhando sua fé na comunidade e no mundo, transmite para seus irmãos essa experiência de Deus”.

Partindo desse princípio, é essencial que o catequista fique atento às seguintes questões:

- É preciso trabalhar a Bíblia atualizando seu conteúdo com a vida de cada um e o contexto em que a comunidade vive. A Bíblia precisa provocar experiência com Deus, reflexão e oração a partir da vida.

- Verificar as palavras difíceis, fora do contexto da linguagem cotidiana dos catequizandos. Elas precisam ser substituídas por outras de fácil compreensão. Ter bem clara a mensagem que queremos transmitir, a atitude evangélica que queremos despertar;

- Levar em consideração o perfil do catequizando e a sua história de vida, sua cultura, suas experiências. Cada grupo é diferente, como também cada catequizando tem suas próprias experiências. Devemos estar atentos e saber escutar o que eles nos dizem a respeito da sua própria realidade.

- É importante não esquecer que a criança, o adolescente, o jovem, o adulto, estão num processo de iniciação à vida de fé. É preciso ir devagar, não podemos usar textos que ainda não estão à altura dos catequizandos, que são difíceis demais.

- Verificar as prioridades do momento: Nem tudo é para “hoje”, alguns temas precisam ser aprofundados em detrimento de outros. A catequese não é só uma fase da vida, ela é para a vida toda.

- Quando o assunto exige, para sua melhor compreensão, pode ser utilizado algum recurso didático apropriado, que venha auxiliar a reflexão como: gravuras, cartazes, faixas, mapa histórico, jogo bíblico, bingo bíblico. Esses recursos facilitam a organização das ideias e proporcionam uma síntese do texto bíblico que foi trabalhado.

Por fim, motivar os catequizandos para o momento de oração a partir da Palavra de Deus e o compromisso que cada um deve assumir referente ao texto estudado.

Que Maria Santíssima, discípula, modelo de seguimento a Jesus Cristo, a primeira catequista, nos cubra com seu manto nesta caminhada de evangelização!

Um forte Abraço!

Marcia Ester Hoff
Candelária|RS