Nos dias 15 a 17 de março de 2019, na Diocese de Santo Ângelo, no setor de Santo Cristo/RS, fomos convidados a se fazer presentes para discutirmos o Lema e o Tema de 2019, “Sede misericordiosos como Vosso Pai do Céu é Misericordioso” (Lc 6,36) e "MCC: caminho de santificação".
Nos últimos seis anos, ou seja, a partir da celebração do jubileu de ouro (2012), procuramos criar uma nova cultura e uma nova mentalidade em nosso MCC, desenvolvendo em nossas ARs a consciência de sermos um Movimento em saída e, por isso, um movimento que segue as orientações da Igreja, especialmente do Papa Francisco, com seu testemunho e com seus documentos, aliados às orientações da CNBB, de modo especial, no que se refere aos cristãos leigos e leigas, com o doc. 105.
Ao celebrarmos os 50 anos da caminhada do MCC, percebemos a necessidade de voltar às fontes. Por isso mesmo dedicamo-nos à reflexão do MCC, em seu carisma, método, os três tempos e suas estruturas. Surgiu daí a necessidade de buscarmos e investirmos na formação. Demos seguimento enfatizando a vocação dos cristãos leigos e leigas, em seu papel de serem sujeitos e protagonistas, na Igreja e na sociedade. Mas, concluímos que não basta termos uma profunda formação se não a colocarmos a serviço da evangelização. Portanto sentimos a necessidade de refletir e assumir a cultura da Missionaridade, ou seja, colocar os pés na estrada. No entanto para sustentar uma atitude de estar em estado permanente de missão, não será possível sem uma espiritualidade condizente à missão e ao nosso carisma. Sabemos, no entanto, que a nossa ação só será frutífera se for realizada de forma comunitária. Portanto nos dedicamos à formação e à vivência comunitária, concluindo assim um ciclo de formação.
Nos próximos anos, queremos, a partir do apelo do Papa Francisco com sua Exortação Gaudete et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai), dar um passo adiante e fazer com que a formação, a missionaridade, a espiritualidade e a vida comunitária se tornem caminho de santificação e assim renovemos nosso ardor missionário, especialmente à luz de nossa vocação comum à santidade. Uma nova perspectiva de santidade: a partir dos desafios do mundo de hoje, com uma nova mentalidade, ou a partir da verdadeira compreensão de que é possível e realizável em nossa época, uma santidade ao pé da porta.
Desejamos recuperar as motivações iniciais propostas pelo cursilho, em sua origem, quando na caminhada de Santiago de Compostela, aqueles 70 mil jovens clamavam: “A Santiago em busca da santificação, de Santiago voltarmos Apóstolos missionários”, e nós queremos atualizar essa proposta afirmando hoje: “Ao Cursilho (MCC) buscarmos nossa santificação, do Cursilho (MCC) voltarmos discípulos missionários”.
Portanto, desejamos tomar consciência que a santidade não é para alguns privilegiados, iluminados, mas para todo o ser humano e de modo muito especial para quem quer ser discípulo de Jesus, ou seja, para todo o cristão, pois é nossa vocação comum. Desejamos mais, que nosso movimento seja um caminho que nos conduza à santidade. Precisamos reconhecer que nosso MCC não é só um movimento de transformação de ambientes, mas faz da transformação dos ambientes um caminho que nos leva à santidade.
Autor: Claiton Derly Fagundes dos Santos