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De longa tradição na Igreja Católica celebramos o mês de agosto como mês vocacional. Esta celebração foi instituída em 1981, através da 19ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
No Brasil o mês de agosto é sempre uma oportunidade para que possamos refletir sobre o chamado que Deus nos faz para vivermos de um modo mais concreto a nossa vocação à santidade, que recebemos no dia em que fomos batizados.
Durante esse período as paróquias, instituições, grupos e comunidades preparam diversas atividades, através de orações ou formações para que os fiéis possam intensificar sua responsabilidade e compromisso com a Igreja, com a família e a sociedade, atendendo assim ao chamado de Deus.
Por isso, se procura em cada domingo e semana do mês de agosto celebrar e animar uma vocação em especial.
Na primeira semana de agosto lembramos a vocação sacerdotal, festejando São João Maria Vianney, o patrono dos padres, no dia 04 de agosto. Nesta semana refletimos o valor dos bispos, dos padres e dos diáconos, para a Igreja, para as comunidades e em especial para as famílias. Homens como os demais, os bispos, padres e diáconos, ofertaram livremente sua vida no propósito de serem discípulos do bom Jesus. E todos eles, mesmo com suas fragilidades, pela oração pessoal e pela prática da caridade, procuram ser modelo do Cristo bom pastor, em sua relação com os demais irmãos. E com alegria agradecemos a Deus pelo nosso novo padre na diocese, Felipe Bernardon, e pela nomeação do Papa Francisco de nosso novo bispo, Dom Aloísio Dilli, ele que estava à frente da Diocese de Uruguaiana nos últimos oito anos. Mesmo assim não paremos de rezar ao Senhor da messe para que envie operários, de modo que não faltem padres e diáconos em nossa diocese.
Na segunda semana comemoramos a vocação familiar, festejada no segundo domingo do mês com o Dia dos Pais. Data especial por sinal, contudo não mais do que a missão que hoje reporta aqueles que assumem este chamado de Deus. O amor que une um homem e uma mulher, não poder ser egoísta, estéril, fechado em si mesmo, mas precisa se abrir aquilo de que mais precioso Deus confiou através da união do homem e da mulher: a geração da vida. Por isso, mais do que a união de um casal ou da geração de filhos, é necessário que cada um se sinta responsável e comprometido com esta missão especial que lhe foi confiada. Assim, torna-se mais que necessário o belo serviço que a pastoral familiar vem realizando em nossas paróquias.
Na terceira semana celebramos as vocações religiosas comemorando o dia da vida religiosa. Por sinal, ano passado celebramos o ano da vida consagrada, conclamando os religiosos a serem testemunhas alegres do evangelho, da profecia e da esperança. Mas quando falamos de religiosos, nossa mente se volta para homens e mulheres que se consagraram a Deus através dos conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência para viverem em comunidade segundo o carisma de seus fundadores. Deste modo, os religiosos se colocam a serviço da Igreja e do povo de Deus nas mais diferentes atividades, sejam de natureza religiosa ou social. Cabe também aqui lembrar dos missionários e missionárias que deixaram suas famílias, terras e projetos, indo, por amor ao Evangelho, mundo afora, aos locais mais distantes, no serviço do Reino de Deus, anunciando Jesus Cristo aos que ainda não O conhecem. E por fim destacar o grande auxílio que os religiosos oferecem, discretamente, para que a vida humana tenha sua dignidade respeitada.
Chegamos assim a quarta semana, onde festejamos as vocações leigas, com o dia dos Ministérios Leigos e dos Catequistas. É um contingente expressivo de fiéis leigos que, através do exercício de ministérios não ordenados, se fazem presentes nas comunidades eclesiais e no mundo. Por sua vez, se dedicam à evangelização na família, no trabalho e no ambiente social, para santificar o mundo, fazendo com que a cidade dos homens se torne a cidade de Deus. Lembramos aqui nossos ministros, nossos coordenadores e assessores de diversas pastorais, membros do conselho de administração, entre outros tantos. E neste vasto número de colaboradores no último domingo lembramos dos/das catequistas, pessoas abnegadas, que a exemplo de Cristo, instruem nossas crianças e jovens para uma vivência da fé, do amor e da solidariedade.
Vimos assim que o mês de agosto, na vida da Igreja Católica, se reveste de um grande simbolismo, pois trata de algo que diz respeito ao ser do cristão, e não somente ao seu fazer.
E em vista da importância deste tema, as vocações somaram como um projeto especial junto às prioridades diocesanas da evangelização da juventude e da família, da formação e do cuidado com a vida.
Tenhamos presente que o tema vocações não é tarefa única do animador vocacional e de sua equipe, mas é esforço de cada cristão batizado. Todos somos responsáveis por aqueles que Deus coloca ao nosso lado. Sejamos animadores das vocações a partir de nossas casas. Aproveitemos o tempo da graça que Deus nos oferece em mostrar as nossas crianças à beleza das diversas vocações, daqueles que se doam com alegria a serviço da vida.
Fica o convite para que em nossas comunidades surjam pessoas dispostas a serem Animadores Vocacionais, auxiliando assim ao padre e lideranças ao despertar de muitas e novas vocações.
Vocação é, antes de tudo, um convite de Deus à felicidade.
Que São João Batista nos oriente a seguir a Jesus o bom pastor na alegria e na disponibilidade.