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No domingo, dia 20 de outubro, aproximadamente 200 pessoas, entre as quais 40 bispos, vários padres, irmãs, leigos e leigas que estavam participando do Sínodo para a Amazônia, se reuniram na Catacumba de Santa Domitila, em Roma, “no desejo de assumir uma Igreja com rosto amazônico, pobre, servidora, profética e samaritana”, e aí firmaram um pacto pela Casa Comum. Nas mesmas catacumbas, em novembro de 1965, ao final do Concílio Ecumênico Vaticano II, bispos presididos por Dom Hélder Câmara firmaram o “Pacto das Catacumbas por uma Igreja pobre e servidora”. A celebração do dia 20 de outubro foi presidida pelo Relator Geral do Sínodo, Dom Cláudio Hummes.
Em sua homilia, Dom Cláudio definiu o momento como “comovedor e significativo”. “No lugar que foi refúgio para os cristãos perseguidos, pedimos que Deus fortaleça a Igreja, que precisa de constante reforma. O Sínodo, que é uma tentativa de buscar novos caminhos, deve voltar-se para suas raízes em busca da encarnação da mensagem de Jesus”.
O Pacto das Catacumbas pela Casa Comum contém 15 compromissos que expressam o sentimento de urgência ante as agressões que devastam o território amazônico, ameaçado pela violência de um sistema econômico depredador e consumista. Os compromissos têm um claro matiz ecológico, “baseado no reconhecimento de que não somos donos da mãe terra, e precisamos recordar continuamente a aliança que Deus fez com sua criação”. O texto faz um veemente chamado a “deixar de lado o consumismo e assumir um estilo de vida sóbrio, simples e solidário, com atitudes de cuidado da Casa Comum e compromisso com os profetas e os pobres”.
Autor: Pe. Roque Hammes