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MÊS MISSIONÁRIO

Créditos foto: Divulgação

Estamos no mês de outubro, Mês Missionário, que nos convida a colaborar com as missões no mundo e anunciar o Reino de Deus da Igreja em locais aos confins do mundo, com os corações ardentes e os pés a caminho!

Confira o testemunho do Pe. Tiago Ávila Camargo, do clero da arquidiocese de Porto Alegre que participa de uma missão na Diocese de Xingu- Altamira


Missionário de Sul a Norte do Brasil

“Ide! Da Igreja local aos confins do mundo!”. É com este lema do 5º Congresso Missionário Nacional e da Campanha Missionária de 2023 que gostaria de iniciar minha breve partilha missionária. Eu me chamo Tiago Ávila Camargo, sou padre há 6 anos e faço parte do clero da arquidiocese de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Graças ao projeto missionário Igrejas Irmãs, que existe desde 1972, pude partir em missão na Diocese de Xingu-Altamira, que fica no estado do Pará. Há 50 anos a arquidiocese gaúcha mantem esse vínculo fraterno com a diocese amazônica.
Desde o tempo de formação, ainda como seminarista, o ideal missionário de participar de alguma experiência missionária além dos limites da arquidiocese estava presente em mim. Depois de ordenado, fui vigário paroquial em Porto Alegre, junto ao Santuário Santo Antônio do Pão dos Pobres. Depois, fui pároco na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Sapucaia do Sul. E foi aí, em meio aos afazeres paroquiais e aos estudos da missiologia no curso de pós-graduação, que fui amadurecendo a ideia e o desejo de me colocar à disposição para a missão. E isso para mim foi importante: não pedi para ir para esse ou aquele lugar, mas me coloquei à disposição da Igreja, através do meu arcebispo, para servir onde quisessem me enviar.
Após discernido e aprovado pelo conselho de presbíteros, fui enviado do Sul do Brasil para o Norte, na região amazônica, realidade marcada por várias realidades, urbanas e rurais, com povos ribeirinhos, em uma paróquia com 80 comunidades. Foi na paróquia São Braz, de Porto de Moz-PA, que exerci o ofício de pároco. Lá aprendi muito. Vivi várias experiências eclesiais que me ajudaram a amadurecer e crescer. Também lá compreendo hoje um pouco mais o que significa ir aos confins do mundo que, muito mais que uma referência geográfica, trata-se de uma disposição a entrar na vida do outro, ser peregrino, ser estrangeiro na própria pátria.
Depois de 1 ano e meio fui convidado a colaborar na missão junto à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, através da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, onde sou assessor, e do Centro Cultural Missionário, onde sou diretor geral. É uma grande alegria poder contribuir com a caminhada missionária da Igreja no Brasil, especialmente pela animação e pela formação missionária. Em cada lugar por onde andei, cada experiência missionária que vivenciei e tenho vivenciado renovo o desejo de dizer mais uma vez: “Eis-me aqui, Senhor, envia-me!”

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