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Igreja do Rio Grande do Sul aposta nas Comunidades Eclesiais Missionárias

Em meio à pandemia e impossibilitados de se reunirem de forma presencial, os bispos do Rio Grande do Sul se reuniram de forma online com as coordenações de pastoral das 18 Dioceses e coordenações dos organismos, pastorais e movimentos do Regional Sul 3 da CNBB, para a anual Assembleia Regional da Ação Evangelizadora. A assembleia, que reuniu mais de 100 pessoas, aconteceu nos dias 10 e 11 de junho através da plataforma do Zoom Meeting. A presidência esteve ao encargo de Dom José Gislon (presidente do Regional) e a coordenação ao encargo de Sandra Zambon (secretária executiva do Regional).
O tema trabalhado pelo Pe. Marcus Barbosa foi “Comunidades Eclesiais Missionárias”. Destacou que “este é o tema central das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas na Assembleia Geral da CNBB em 2015. A proposta é redescobrir o caminho a partir de Jesus Cristo, não dando nada por pressuposto. “Apresentar Jesus Cristo pela palavra, pelos gestos e pelo testemunho de vida”.
Para constituirmos as Comunidades Eclesiais Missionárias, precisamos aproximar as pessoas (são pequenas comunidades no número, mas com vínculos fraternos). Mudar a compreensão de paróquia unicamente centrípeta (para dentro) para centrípeta e centrífuga (para dentro e para fora). “Chama para dentro e alimenta para a missão”. Para isso precisamos conhecer a realidade e verificar onde se localizam os vínculos. Precisamos valorizar os ministérios, apostar nos conselhos, tirar a poeira e não ter medo de mudar. São comunidades diversificadas, podendo ser constituídas a partir de ruas, prédios, locais de trabalho, locais de estudo, ligadas por uma espiritualidade própria. São comunidades alicerçadas nos quatro pilares: Palavra – Pão – Caridade – Missão.
Reunidos por províncias eclesiásticas, os participantes foram desafiados a identificar: 1º) O que realmente conseguimos realizar no último ano? 2º) Quais são os novos desafios apresentados pela pandemia e que deverão ser integrados às ações? 3º) Quais são as sugestões para promovermos a revitalização das comunidades? Além disso, os participantes acompanharam o relato do que está sendo feito pelos diversos organismos, pastorais e movimentos em nível de Rio Grande do Sul.
Dom Aloísio Dilli e Pe. Paulo Nodari foram desafiados a apontar os principais desafios e as principais luzes que surgiram do trabalho nos dois dias. Destacou-se que, a partir das fragilidades que afloraram nesse período, ganha importância a Pastoral do Cuidado, não apenas fazendo ações caritativas, mas assumindo que “a caridade é inerente à missão da Igreja”. Outros pontos destacados foram; a Pastoral da Comunicação e a necessidade de nos aprimorarmos no uso das redes sociais como forma de nos aproximarmos das pessoas; a importância da formação, com novos ministérios e novos serviços; a valorização da Igreja nas casas; a necessidade de seguirmos no processo da Iniciação à Vida Cristã; a importância de articular as ações caritativas; a necessidade de aprofundar a Doutrina Social da igreja; promover o ardor missionário nas comunidades; assumir a sinodalidade com a valorização dos conselhos; abrir espaços de diálogo com o mundo; assumir a Economia do Papa Francisco (o dízimo é uma das formas de viver a economia solidária).
Ao final, Dom Gislon manifestou sua gratidão às pessoas que prestaram serviços durante a Assembleia e a todos os que participaram deste importante momento eclesial. “Foi bonito estarmos juntos, mesmo estando fisicamente distantes. Foram dias de graça, de reflexões e de partilha. Fez acender a chama da fé de discípulos missionários de Jesus Cristo”.

Autor: Pe. Roque Hammes. Coordenação de Pastoral de Santa Cruz do Sul
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