Créditos foto: Pe. Roque Hammes
No dia 18 de julho, quando celebramos o centenário do nascimento de Nelson Mandela, uma das maiores lideranças do século XX, Dom Feliciano acolheu o 18º Encontro Diocesano de Sementes Crioulas. Participaram, aproximadamente 300 pessoas, sendo que a maioria eram pequenos agricultores familiares. Também se destacou a presença de jovens, muitos deles integrantes da Escola de Jovens Rurais (EJR). Dom Aloísio Dilli e a coordenação de pastoral marcaram presença, sendo que a coordenação do encontro esteve ao encargo da CPT (Comissão Pastoral da Terra Diocesana) e EJR, nas pessoas da Oldi Jansch e Maurício Queiroz.
No encontro aconteceu a confirmação de que "as sementes crioulas (também conhecidas como sementes comuns ou caseiras) são o grande tesouro dos agricultores familiares". Entre as afirmações do encontro, aponto:"As sementes comuns são sementes com vida, que estão sendo plantadas há 12 mil anos, enquanto que as sementes transgênicas são sementes que produzem frutos estéreis e que começaram a ser plantadas há mais ou menos meio século"."As sementes crioulas são propriedade dos agricultores familiares e as sementes transgênicas são propriedade de grandes empresas multinacionais (devem ser adquiridas para cada nova safra)". "As sementes crioulas, plantadas sem agrotóxicos, garantem uma alimentação sadia enquanto que a alimentação obtida com transgênicos permanece uma incógnita".
Uma das presenças marcantes foi a de técnicos da Emater e secretários da agricultura de vários municípios, que estão incentivando o plantio com sementes crioulas. Uma das boas notícias é que, no Brasil, já existem 180 bancos de sementes comuns, mantidos por "valentes guardiãs das sementes crioulas".
Autor: Pe. Roque Hammes