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Padres celebram Jubileu de Ordenação Presbiteral

Créditos foto: PASCOM

No último dia 07 de agosto os padres da Diocese, juntamente com o Bispo, se reuniram na sede da APRES para confraternizar pelo dia do Padre. Na ocasião uma Missa de Ação de Graças foi celebrada aos padres jubilares.

Ficamos felizes em celebrar o nascimento de uma pessoa, seu casamento, sua formatura ou algum fato ou conquista importante de sua vida. A comunidade também tem seus motivos para comemorar e celebrar já que cada pessoa é um dom de Deus e cada vocação é importante para a comunidade.
Sempre recordamos e, de forma singela, louvamos a Deus e agradecemos o dom a vocação presbiteral daqueles que dedicam uma vida toda na causa do Reino de Deus. Não se trata de um curto tempo mas de 25 anos, 50 anos e 60 anos de alguém que faz do anúncio do Evangelho a inspiração e a paixão de vida.
Nas linhas que seguem nosso reconhecimento aos padres de nossa Diocese que, ao longo deste ano, celebram jubileu de ordenação presbiteral. Um pouco da sua vida, trajetória e do seu coração. Um convite a rezarmos por eles e pelas vocações em nossa Diocese.


Padres que celebram 25 anos de ordenação presbiteral

John Mazzei
Nascimento: 10/10/46
Filiação: Ugo Mazzei e Edna Cecília Boyle
Naturalidade: Plymouth – New Hampshire - EUA
Ordenação Diaconal: 01/03/92 – Paróquia Santo Inácio/Lajeado – Dom Sinésio Bohn
Ordenação Sacerdotal: 09/05/92 - Paróquia Santo Inácio/Lajeado – Dom Sinésio Bohn
Lugares de atuação: Paróquia Santo Inácio, Lajeado e Pastoral dos Migrantes, nos Estados Unidos.

Até o presente momento não conseguimos contato com Padre John Mazzei.

Pe. Leão Gomes da Silva
Nascimento: 10/04/47
Filiação: Semião Gomes da Silva e Antônia Paula da Silva  
Naturalidade: São Sebastião da Boa Vista – Marajó/Pará
Ordenação Diaconal: 31/10/90 – Paróquia Espírito Santo/Santa Cruz do Sul – Dom Sinésio Bohn
Ordenação Sacerdotal: 31/10/92 – Paróquia São José Operário – Agrovila 09/Serra do Ramalho/Bahia – Dom Francisco Batistella
Lugares de atuação: Além de Animador Vocacional Diocesano trabalhou em Santa Cruz do Sul, Ijuí, Encruzilhada do Sul, Amaral Ferrador, Linha Brasil/Venâncio Aires e atualmente em Gramado Xavier

Quais foram as principais atitudes, os principais valores adquiridos no tempo de estudos e formação no Seminário?
A principal atitude sempre foi direcionada ao trabalho pastoral, levando em conta a missão que viria pela frente, tendo em vista o chamado de Deus ao sacerdócio. Os principais valores adquiridos são a ética, a moral e o respeito ao próximo.

 
Padres que celebram 50 anos de ordenação presbiteral

Pe. Antônio Zeno Graeff
Nascimento: 12/06/39
Filiação: Jacob Graeff e Irma Graeff
Naturalidade: Arroio do Meio
Ordenação Diaconal: 07/07/67 – Santa Clara do Sul - Dom Alberto Etges.
Ordenação Sacerdotal: 16/12/67 – Arroio do Meio – Dom Alberto Etges
Lugares de atuação: Além de atuar como professor, atuou nos Seminários de Arroio do Meio, Filosofia em Porto Alegre, Propedêutico e São João Batista/Santa Cruz do Sul, na Coordenação Diocesana de Pastoral e como Vigário Geral, entre outros. Nas Paróquias atuou em Encruzilhada do Sul, Arroio do Meio, Estância Mariante/Venâncio Aires, Candelária, Mato Leitão, Palanque, Encruzilhada do Sul, Arvorezinha e Santa Clara do Sul.

Quais são suas maiores alegrias na missão presbiteral?
São 50 anos de missão, de vida consagrada ao ministério da Igreja, na evangelização, no "ide e anunciai". Empenhei toda minha vida, meu ser e meu viver nesta missão. Sou feliz por ter chegado onde estou. Sempre procurei adaptar-me ao local, à cultura, à etnia. Sempre me senti bem. Enfrentei grandes desafios. O Mestre e Senhor que me chamou e enviou, sempre estava comigo. Iluminou-me, defendeu-me, acolheu-me e nunca estive sozinho. Sempre trabalhei com colegas, menos nos dois últimos anos em Santa Clara do Sul. Se alguma coisa aconteceu nas atividades de formação, nos seminários ou nas Paróquias foi graças aos colegas, aos funcionários, às comunidades, às lideranças e à comunhão com Deus, no Seu Filho Jesus, no Espírito Santo e com o povo Deus.

Pe. Marcelino Sivinski
Nascimento: 17/05/41
Filiação: Leonardo Sivinski e Feliksa Stelmaszczyk Sivinski
Naturalidade: Encruzilhada do Sul, hoje pertence a Dom Feliciano
Ordenação Diaconal: 08/03/67 – Viamão – Dom Alberto Etges
Ordenação Sacerdotal: 02/07/67 – Dom Feliciano – Dom Alberto Etges
Lugares de atuação: Seminário de Arroio do Meio, coordenação do Espal Sul 3; Diretor do Instituto de Pastoral do Sul 3; coordenador diocesano de pastoral; secretário do Regional Nordeste I (CE); assessor da Dimensão Litúrgica da CNBB; coordenador do Fórum da Igreja Católica no RS; coordenador do IV mutirão de comunicação da América Latina; secretário e presidente da Associação dos Liturgistas do Brasil; membro da equipe de reflexão da dimensão litúrgica da CNBB; professor de liturgia na PUCRS, na Pontifícia Faculdade de Teologia de São Paulo, na Unisal (SP) e no Nordestão de Liturgia; Membro fundador da Rede Celebra, do Centro de Liturgia e da Associação dos Liturgistas do Brasil. Na pastoral nas paróquias da Diocese: Rio Pardo, Santo Antônio/Santa Cruz do Sul, Região Pastoral/Santa Cruz do Sul, Encruzilhada do Sul e Conceição/Santa Cruz do Sul.

Como as experiências adquiridas nestes 50 anos em tantas atividades missionárias lhe ajudam a desempenhar a sua missão?
Tive a graça de estudar teologia e me ordenar durante os quentes anos do Concílio Vaticano II, tempo de renovação, muitos questionamentos e procura de caminhos. Anos abençoados e de palpável presença e atuação do Espírito Santo, com a presença e atuação de papas renomados desde o bom João XXIII. O contato com pessoas como Dom Alberto Etges, Dom Aloísio Lorscheider, Paulo Freire, Eliésio dos Santos, Dom Fragoso,... e, tantas lideranças leigas, a espiritualidade das CEBs, a dura e cruel experiência da Seca do Nordeste, ser testemunha do que seja miséria, fome e sede de um povo; a metodologia popular de formação de pessoas...
Isso renova a fé! O Espírito Santo conduz e guia os passos da Igreja; a igreja é comunidade e se não é comunidade não é Igreja; os batizados para serem felizes precisam ser missionários e estar do lado dos pobres, dos marginalizados, injustiçados e excluídos. Teologia se aprende e se faz na experiência da celebração litúrgica.
A importância da escuta e do diálogo; a espiritualidade é um caminho que se faz com a comunidade; ser padre é ajudar os leigos a viverem sua missão e serem mais para Deus e para aos irmãos. Pastoral é promoção da vida digna e plena; celebração é encontro de Deus com o seu povo e do povo com o seu Deus.

Pe. Décio Francisco Weber
Nascimento: 04/12/41
Filiação: Leopoldo Aloisio Weber e Maria Spohr Weber
Naturalidade: Santa Clara do Sul
Ordenação Diaconal: 08/03/67 – Viamão – Dom Alberto Etges
Ordenação Sacerdotal: 07/07/67 – Santa Clara do Sul – Dom Alberto Etges
Lugares de atuação: Além de atuar na Coordenação Diocesana de Pastoral, como Secretário Geral e no CDFPT, atuou na Catedral São João Batista/Santa Cruz do Sul, Paróquia Santo Antônio/Santa Cruz do Sul, Paróquia Santo Inácio e Conceição/Lajeado, Arvorezinha, São Sebastião Mártir/Venâncio Aires, Encruzilhada do Sul, Nova Bréscia, Arroio do Meio, Paróquia Nossa Senhora do Rosário/Rio Pardo.

O que lhe representa celebrar o jubileu sacerdotal?
A celebração do Jubileu de Ouro de minha ordenação Sacerdotal me oferece o ensejo para fazer memória e passar em revista estes 50 anos, principalmente, para agradecer. Vejo como uma bênção ter cursado a teologia durante o Concílio Vaticano II, ter bebido desta fonte, e ser ordenado logo após este evento, quando em toda a Igreja se promovia a renovação conciliar. Tenho presente o empenho de Dom Alberto Etges em adaptar a Igreja Diocesana às novas exigências do Concílio. Desde o início, entrei neste clima e foi como um veio que perpassou todo este tempo.
No dia 29 de julho de 1967, quando me apresentei na catedral São João Batista para iniciar o ministério pastoral, recebi este recado: “Na próxima semana, teremos encontros diocesanos de Catequese e Liturgia. Tu deves participar”. Certamente, foi ali que brotou a semente para a participação em funções diocesanas. Durante todos estes anos, além das funções específicas, sempre participei em alguma atividade em nível diocesano; especialmente, na catequese, mas também na liturgia, juventude, CEBs, pastorais de fronteira (operária e da terra), formação de agentes, pastoral presbiteral, elaboração de subsídios, conselhos de presbíteros e consultores...
Com alegria, reconheço que esta participação enriqueceu o meu ministério e abriu muitas perspectivas. Por tudo, dou graças a Deus!


Padre que celebra 60 anos de ordenação presbiteral

Pe. Erno José Birck
Nascimento: 04/06/30
Filiação: Jacob Birck e Maria Paulina Hermann
Naturalidade: Estrela
Ordenação Diaconal: 08/06/57 – Seminário de Viamão – Dom Vicente Scherer
Ordenação Sacerdotal: 25/08/57 – Seminário de Viamão – Dom Vicente Scherer
Lugares de atuação: Além de atuar no Seminário de Arroio do Meio, no Tribunal Eclesiástico Regional e Diocesano, como Capelão do Hospital dos Passos/Rio Pardo e do Hospital Santa Cruz, Capelão do Santuário de Schoenstatt e Assistente Espiritual do Cursilho, Chanceler da Cúria, atuou em Arroio do Meio, Rio Pardo, Sinimbu, Venâncio Aires, Espírito Santo/Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Catedral São João Batista/Santa Cruz do Sul.

Em que o Concílio Vaticano II e as transformações que dele surgiram impactou de forma positiva na sua missão presbiteral e em sua vocação pessoal?
O Concílio Vaticano II foi um divisor de águas, assim que iniciou ninguém tinha mais certeza de nada. Até numa reunião um bispo falou: “de repente senti o chão falhar debaixo dos pés”. De um regime de severidade jesuítica, surgiu muita liberdade assim que para muitas dúvidas do certo e errado. Para mim se não fosse a fé na eternidade do Evangelho, teria me desviado, com certeza. Hoje vejo que uma fé esclarecida e o amor no povo que busca a verdade e valores eternos e o estímulo da ação de cada dia é que conserva a gente no caminho. Confiança no Pai e intercessão da Mãe Maria me fortalece nas lutas pelo eterno!

Autor: Pe. Marcelo Carlesso
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