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Uma Igreja com rosto diaconal e leigo: “Podemos não ter uma família perfeita, mas a todos tratamos com muito AMOR”


Queremos ser e viver Igreja, onde cada batizado participa da missão evangelizadora, vive e assume um serviço na sua comunidade de fé. Queremos comunidades eclesiais missionárias samaritanas sinodais.

O mês de agosto nos oferece a possibilidade de refletir sobre a nossa vida e missão, como batizados. É o mês das vocações, dos diferentes estilos de vida e serviço. A diaconia, vivida pelos diáconos, é uma das vocações em nossa igreja. Nesta página de entrevista, uma linda e rica partilha da família do diácono Roque José Schroeder, da paróquia São Sebastião Mártir de Venâncio Aires. Ele fala da sua vida familiar e do serviço na comunidade. Invocamos a intercessão de São Lourenço, o Padroeiro dos Diáconos, celebrado no dia 10 de agosto. 

 

 

A nossa família é assim!

Roque José Schroeder, com 64 Anos de Idade, é diácono a serviço da Paróquia São Sebastião Mártir, catequista do Batismo, Ministro do Batismo, Serviço da Caridade João XXIII. Exerce ainda o ministério das Benção das casas, Visitas aos doentes, Celebração da Palavra, Comunhão, nas equipes de Liturgia, Exéquias, Benção de Matrimônios e de Bodas, membro do Conselho da Comunidade Santa Rita de Cássia, Secretário da Coordenação dos Diáconos.

Casado com Marilene da Costa Schroeder, de 63 Anos de Idade, Catequista da Primeira Eucaristia, integrante da equipe de Liturgia e Música, membro do Conselho Comunitário na Comunidade.

O casal Roque e Marilene possuem duas filhas, a Lisandra da Costa Schroeder e a Lisiane da Costa Schroeder, e quatro netos, a Bárbara, o Gabriel, o Murilo e a Helena.

A filha Lisandra, com 42 anos, trabalha na área da contabilidade e é catequista de Primeira Comunhão na Catedral São João Batista. É casada com Laércio Rogério Friedrich, contabilista, e possuem três filhos: Barbara Friedrich (15 Anos, a neta do Coração), Gabriel Schroeder Spranger (20 Anos) e Murilo Schroeder (9 Anos).

A filha Lisiane da Costa Schroeder, com 34 anos, trabalha na área da Contabilidade e serve a Comunidade Santa Rita de Cássia, na música, na liturgia e como catequista de Primeira Comunhão. É casada com André Luis Federhen, motorista de ônibus, e possuem uma filha, a Helena Schroeder Federhen (um mês de idade).

 

1.     Diácono Roque, como você concilia a vocação de Diácono, com a vida familiar?

Primeiramente o Diácono constitui uma família, da qual zela e cuida com carinho. Minha vida religiosa anda junto, minha família toda se sente muito alegre com minha missão na Igreja e vou conciliando, com o apoio e a oração da família, exercendo minha vocação a serviço da Igreja.

2.     Qual a importância da Comunidade na vida de vocês?

A Comunidade é a nossa base, onde tudo começou. Nela nos alimentamos, nos fortalecemos. Começamos a desenvolver nossa vocação, nosso trabalho para a Igreja, criamos nossa família, inserida na Comunidade, onde a família foi crescendo e ajudando.

 

3.     A partir da vocação, como se colocam a serviço da Igreja?

A vocação é chamado de Deus para um serviço às pessoas, na comunidade, Igreja. Procuramos servir a Deus com alegria, vivendo a vocação de Diácono, trabalhando junto com a Paróquia, em unidade com os Sacerdotes e lideranças, ajudando-nos mutuamente.

4.   Qual a contribuição da mulher, da presença feminina na vida da Comunidade?

A contribuição feminina na comunidade é muito importante, porque a mulher vem engrandecendo o serviço da nossa Igreja. Temos muitas mulheres que estão à frente das Comunidades, nas diversas Pastorais, nos mais diferentes serviços, especialmente no ministério da Catequese, na preparação e animação das celebrações, nas equipes de serviços de caridade, enfim, na Evangelização do Povo de Deus.

5.     Como vocês, casal, exercem a caridade?

A caridade é inerente à nossa vida de fé. E o diácono é o servidor da caridade. Procuramos doar um pouco de nossa vida em favor do próximo, fazendo campanha de alimentos, encaminhando pessoas para a Entidade do João XXIII na aquisição de roupas, levando palavras que confortam os corações e nos colocando próximo das pessoas.

 

6.     Sendo avós, como procuram transmitir a fé aos filhos e netos?

Através de nosso exemplo de vida na fé, ensinando e levando eles a participarem da vida da Comunidade, desde a mais pequena idade, rezando e abençoando a cada dia, seja de perto, seja de longe.

7.     Relata para nós, como é a prática da vida de fé na Igreja Doméstica, na vossa família?

Em nossa casa mantemos um cantinho de Deus. É um espaço sagrado. Ali nós rezamos, proclamamos e meditamos a leitura Bíblica diária. A partir deste espaço invocamos a proteção de Deus sobre nosso lar e nossa família e invocamos a benção de Deus sobre os alimentos.

8.     A partir da pergunta do Papa, o que nós podemos fazer pela Igreja?

O Papa é uma pessoa referencial em nossa Igreja. Mas o mais importante é cada um de nós faz a sua parte, assumir a sua missão como batizado, colocando-nos a serviço da Igreja. Precisamos ser sempre mais uma Igreja de saída e em saída, Missionária e Sinodal, acolhendo a todos, ensinando com sabedoria, sabendo escutar o outro com o coração. Inspirarmos a nossa prática no bom samaritano, que chegou, viu, sentiu compaixão e cuidou dele.

 

9.     E o que podemos fazer juntos, como Igreja, para tornar o mundo mais justo, fraterno, Humano e Solidário?

Devemos ser um povo a caminho, como ovelhas seguindo um só Pastor, caminhando juntos e todos com cheiro de ovelha. Devemos promover a justiça, viver a fraternidade para com os nossos irmãos em Cristo, na busca de uma sociedade mais justa e igualitária, um mundo mais fraterno e solidário. Procurar criar e vivenciar relações mais humanas e humanizadoras. Estender sempre nossas mãos aos mais necessitados, os caídos à beira do caminho, os esquecidos e promover a valorização da vida de cada pessoa. Nós procuramos viver a unidade e a caridade, levando o alimento até nossas comunidades, para que todas as pessoas tenham o pão de cada dia e encaminhá-los para a Entidade João XXIII, para se sentirem e viverem mais dignamente.

 



 

Autor: Pe. Zé Renato Back
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