Os familiares dos reféns britânicos David Haines e Alan Henning, decapitados por membros do Estado Islâmico (EI, ex-Isis) no ano passado, se reuniram com o papa Francisco nesta quarta-feira (25), informou o "Osservatore Romano".
Segundo a publicação, a mulher de Henning quis encontrar com Jorge Bergoglio para "testemunhar juntos", como já havia feito em uma carta aberta, a sua "mensagem de união entre os povos" e de "continuar a fazer o bem, sobretudo, onde as pessoas têm mais necessidade".
Henning era motorista voluntário na Síria quando foi capturado pelos extremistas e dedicava seu tempo livre a transportar crianças doentes no país.
Já o irmão de David, Mike, afirmou que ele era um "entusiasta de seu trabalho como voluntário e ajudava qualquer um que precisasse sem se preocupar com raça ou religião".
O Pontífice apoiou as ações dos familiares para promover a caridade e combater o ódio. "Os assassinos não farão esmorecer aqueles que acreditam naquilo que levou a morte para os dois: o serviço aos mais necessitados", destacou Bergoglio.
Além dos britânicos, participaram do encontro alguns líderes muçulmanos que ontem (24) participaram do encontro "Católicos e Xiitas: as responsabilidades dos que creem em um mundo global e plural".
Os conteúdos do encontro foram apresentados a Francisco por uma dezena de líderes vindos do Iraque, Irã, Líbano, Arábia Saudita, Bahrein e Kuwait. Na declaração final, os líderes de ambas as religiões mostraram uma forte oposição "ao terrorismo religioso que difunde no mundo uma imagem terrível da religião muçulmana". Eles ainda disseram que "muçulmanos e cristãos devem trabalhar juntos pela paz".