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15 de Setembro: Dia Internacional da Democracia

Créditos foto: Reprodução / Internet

Em 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu o dia 15 de setembro, como o Dia Internacional da Democracia. A data ressalta a importância de promover a democratização, a concepção, as garantias pelos Direitos Humanos e as liberdades fundamentais. Para a ONU, democracia é “um valor universal baseado na vontade, expressa livremente pelo povo, de determinar o seu próprio sistema político, econômico, social e cultural, bem como na sua plena participação em todos os aspectos da vida”. 

Assim sendo, a democracia é um processo constante de construção, que conta com a participação e apoio de toda a comunidade – internacional, governos nacionais e a sociedade civil, considerando as múltiplas opiniões e a participação dos cidadãos em processos de tomada de decisão que influenciam a vida em sociedade. Neste sentido, a Revista Integração apresenta opiniões de diversas pessoas da comunidade sobre a importância dos regimes democráticos e a forma exercer a cidadania neste momento em que o País se aproxima de mais uma eleição democrática para a escolha de seus representantes políticos.

 

Luciane Inês Morsch Glesse

Juíza de Direito, responsável pela Vara Regional de Execuções Criminais (VEC), de Santa Cruz do Sul, que inclui dez presídios do Vale do Rio Pardo e Taquari

Para mim, a principal importância do regime democrático é a possibilidade de o Estado ser limitado e regulado pelos direitos dos cidadãos protegidos por uma lei maior que é a Constituição. Não só os cidadãos devem se submeter a ela, mas o Estado também. Além disto, a harmonia entre os Poderes independentes permite um controle recíproco a fim de garantir o cumprimento da lei maior. O exercício da cidadania deve ser exercido pelo voto consciente e pela constante vigilância no que se refere ao cumprimento da Constituição. Ressalto   que o Estado também deve ser fiscalizado a fim de limitar o seu poder pelos direitos fundamentais de todos os cidadãos garantidos pela Constituição”

 

 

Sérgio Luiz Reis

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares (STR) de Santa Cruz do Sul

“Acredito que os regimes democráticos são de fundamental importância para um desenvolvimento econômico e social equilibrado. As pessoas que formam a força de trabalho precisam estar representadas nos espaços de decisões. E, a melhor forma a meu ver, é exercer o voto consciente, ocupar espaços destinados a sociedade civil (conselhos), acompanhar os representantes eleitos, sugerir, e cobrar o exercício dos cargos eletivos de forma ética e coerente. ”

Irmã Roberta Perluso

Prioresa do Mosteiro da Santíssima Trindade de Santa Cruz do Sul

“Os regimes democráticos são fundamentais para estes tempos de globalização em que vivemos. Eles promovem a corresponsabilidade dos cidadãos no governo e no destino das nações. Com o fim das ditaduras na América do Sul e a Queda do Muro de Berlim, em 1989, a democracia tornou-se o regime de governo que faz funcionar a engrenagem de muitos países no mundo. Foi possível perceber no desabrochar da Primavera Árabe, em 2010, que o exercício da democracia é a autêntica expressão política do cidadão do séc. XXI, especialmente dos jovens.

Para exercer a cidadania neste contexto, “cada cidadão, precisa por meio do seu voto e da consciência de seus direitos e de deveres, colaborar com políticas públicas voltadas para o bem comum e que levem à promoção da justiça e da paz em nossa sociedade. Em uma realidade plural como a nossa, o exercício da cidadania inclui o diálogo e o respeito mútuo”.

 

 

Marcia Ester Hoff 

Professora, Coordenadora Paroquial de Catequese e catequista da Paróquia Nossa Senhora da Candelária

 

“No contexto mundial e brasileiro, os regimes democráticos passam por um momento de fragilidades e ameaças. Somente através da democracia que poderemos avançar como humanidade, com olhares e ações para os nossos irmãos que se encontram em vulnerabilidade social e muito fragilizados pelo sistema capitalista que tanto os oprime.  É através da democracia que caminhamos para obter mais conquistas quanto aos direitos humanos e sociais, assim como, o cuidado com o nosso planeta.  Mas, como exercer cidadania neste contexto de fragilidades democráticas? Lutar para garantir que nossos direitos sejam mantidos, defender todas as formas de vida, estimular e vivenciar o diálogo com os diferentes, combater informações falsas, além do exercício do voto. Cabe a cada um de nós, fortalecer, defender e vivenciar os princípios democráticos nos espaços em que ocupamos, não permitindo que a polarização e a radicalidade perpetuem e cresçam nas relações.

 

Ricardo Luís Bringmann

Fundador e Presidente da Associação de Moradores de Linha Santa Cruz (AMORLISC) e Corretor de Imóveis

Para garantir a liberdade de expressão e principalmente o direito ao voto. O povo participa nas decisões e os políticos ganham mandatos que saem da força da sociedade. Cada cidadão é importante, e precisa exercer sua cidadania! Votando, sugerindo, escrevendo nas mídias e nas redes sociais, elogiando e também denunciando se for o caso. Muitas vezes percebo que as pessoas não sabem o poder que tem, uma pessoa se usar os meios corretos tem um poder imenso, nas mãos para conquistar melhorias e atender demandas na comunidade que está inserida, portanto é importante participar ativamente! ”

Prof. Rafael Frederico Henn

Reitor da Unisc e Presidente da APESC

“A ONU define que a democracia é um valor universal baseado na vontade e que é expressa livremente pelo povo, a fim de determinar o seu próprio sistema político, econômico, social e cultural, bem como na sua plena participação em todos os aspectos da vida social. Dessa forma, um regime democrático é aquele que possibilita a participação da população na tomada de decisões relacionadas com o público. Trata-se de uma série de instituições e normas que organizam o Estado e o exercício do poder segundo critérios democráticos. A maioria dos regimes democráticos aposta na democracia representativa: o povo escolhe os seus representantes nas instituições e são estes representantes que tomam as decisões.

 Um dos aspectos que define a democracia é a livre escolha de governantes pelos cidadãos através de eleições diretas ou indiretas. Nossa sociedade se organiza em instituições democráticas eleitas e cabe ao cidadão, em inúmeras esferas, o exercício de seus direitos e a atuação participativa para que os objetivos da soberania popular sejam efetivados. A manutenção da democracia exige que cada um de nós assuma sua parcela de responsabilidade e de comprometimento com os valores éticos, com a solidariedade, com a paz, a justiça e os direitos fundamentais.”

 

 

 

Autor: Rosibel Fagundes
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