Créditos foto: Revista Integração Maio 2019
O segundo domingo de maio é dedicado às mulheres que tem a graça de serem mães.
Inerente ao “ser mãe” estão o gerar filhos, criá-los e educá-los. Das mães cristãs, se espera que também eduquem os filhos na fé cristã.
As mães não são iguais entre si, assim como também não é igual a exigência que se faz para cada mãe. A Revista Integração foi buscar mães que vivem situações diversificadas para mostrar aos seus leitores alguns dos desafios que são inerentes à sua missão. A elas queremos dizer o nosso muito obrigado pelo belo testemunho de vida que nos transmitem.
Por Pe. Roque Hammes e Márcia Agnes Bartz
Mãe e Agente de Pastoral
Fernanda Kessler Sündermann (Ministra Extraordinária da Eucaristia, Comunidade S. Anjo da Guarda, Linha Nova/SCS).
Como mãe e ministra, sinto-me feliz e realizada em poder servir minha comunidade, nossa Igreja. Às vezes se torna um pouco puxado conciliar trabalho na lavoura, casa, 4 filhos (sendo 2 coroinhas) e o ministério. Mas tudo se ajeita. ‘A gente pensa e Deus dirige nossas vidas’. É muito gratificante, especialmente depois de tudo o que passei, ficando viúva aos 29 anos, com 3 filhos pequenos. Sorte minha que pude contar com meus irmãos, minha mãe e meu pai, um grande incentivador em minha vida. Se hoje sou o que sou, devo muito à família, pois quando surgiu o convite para ser ministra tive o apoio de todos, principalmente dos meus filhos. Sou grata a Deus, à família e comunidade pelo apoio e acolhida para exercer o meu batismo, servindo na comunidade.
Mãe Educadora
Eliane Rosimeri Raenke (Escola Félix Hoppe, Linha Nova/SCS).
Para mim, ser mãe e educadora é um privilégio e um desafio. É um privilégio trabalhar no mesmo ambiente em que meu filho estuda, saber que ele está por perto, acompanhar suas aprendizagens e interações. Isso me traz tranquilidade e segurança. Mas também é um desafio separar os papéis. No período em que estamos na escola procuro me colocar na posição de educadora, interferindo o menos possível e o oriento a fazer o mesmo, o que nem sempre é fácil. Mas é muito bom poder acompanhar o desenvolvimento de meu filho. Sou muito grata por isso.
Mãe de criança com deficiência
Leila Viviane Scherer é mãe da Cecília, que é portadora da Síndrome de Angelman, e da Sofia, uma menina muito inteligente. Perguntada sobre “o que significa ser mãe de uma criança com deficiência”, ela respondeu:
Quando me perguntam o que significa ser mãe de uma criança com deficiência intelectual eu costumo responder que é um aprendizado. Um aprendizado sobre vários assuntos e temas que talvez sequer se imaginaria estudar. Mas, especialmente, um aprendizado sobre valorizar as coisas mais simples como dar os primeiros passos, fazer um ‘tchau’, jogar um beijo, alimentar-se com autonomia ou fazer uma série de rabiscos no papel. E para que se consiga obter pequenos avanços na educação de uma filha com deficiência aprende-se o sentido de doação, de paciência, de perseverança e de fé.
Mãe de presidiário
Maria Rosane de Andrade
Em visita à Dona Maria, Pe. Jolimar lhe perguntou: Dentro das realidades de muitas mães, a senhora passou pelo sofrimento de ter um filho detento. O que a senhora como mãe diz em relação a esta realidade para as mães que tem um filho recolhido numa prisão? E Maria respondeu: “Eu digo para estas mães nunca desistir do seu filho, porque eu nunca desisti do meu. Por tudo o que a gente passou junto e a gente está lutado junto. Graças a Deus, hoje ele está mais calmo, mas mesmo assim ele ainda está aprontando de vez em quando. Então a única coisa que eu peço para as mães é: não desistirem dos filhos que estão presos. Não só preso nos cárceres, mas também os que estão atirados nas drogas. É o que tenho a falar. Nunca desistam do seu filho”.
Mãe beneficiária de Bolsa Família.
Luciane Nunes dos Santos é mãe de beneficiárias que participam do Projeto Sol Maior de Rio Pardo.
Ser mãe, é a possibilidade de se ter uma família. É uma benção eu ter meus 5 filhos. Quando tive eles, aprendi muito, aprendi a ter responsabilidade, eles são o motivo da minha maior felicidade. É complicado ser mãe nos tempos de hoje, pois o desemprego está muito grande. Eu estou desempregada e meu marido também. Sem trabalho é muito difícil criar os filhos. Vivemos com a renda do Bolsa Família, uma grande oportunidade para todos os desempregados do Brasil.
Ser mãe de um padre
Ivete Lurdes Rovasdoschi Bernardon, mãe do Padre Felipe.
Ser mãe é um dos maiores presentes que recebi de Deus, e mais ser mãe de um padre é uma grande benção, alegria para a nossa família. O grande sonho da minha vida era poder ser mãe de um padre e mãe de gêmeos. Este sonho se tornou realidade em minha vida. Juntamente com o meu esposo Luiz Carlos temos um filho padre, o Felipe. e também um casal de filhos gêmeos a Diana Paula e o Dianei Paulo (im memoriam). Agradeço e rezo todos os dias pela minha família e pelos meus filhos. Sentimos saudades do nosso filho Felipe longe de casa, mas temos uma grande alegria em saber que ele ama ser nosso filho, ama a sua família. Obrigado Felipe por ser o nosso filho e padre. Amamos você.
Fonte: Revista Integração Maio 2019