Créditos foto: Carlos Augusto Machado
Santa Cruz do Sul nasceu, cresceu e se fortaleceu em torno da Cruz.
Os primeiros colonizadores alemães, entre os quais estavam católicos e luteranos, tão logo chegaram ao município em 1849, ergueram uma cruz como sinal de agradecimento a Deus pela viagem realizada e pela terra que os estava acolhendo. E foi por causa desta cruz que o município que hoje sedia a Diocese de Santa Cruz do Sul, recebeu este nome.
Cento e cinquenta e três anos depois, em 2002, sob a coordenação de Dom Aloísio Sinésio Bohn, a Diocese promoveu a primeira Romaria da Santa Cruz. O objetivo era reunir as comunidades da Diocese em uma única e grande celebração no domingo que antecede a festa da Exaltação da Santa Cruz e desenvolver a mística da cruz redentora. A partir daquele ano, foi intensificada a espiritualidade da cruz, tendo como foco a salvação que nos vem pela cruz de Jesus.
Agora, em sua 17ª edição, no dia 09 de setembro passado, a Romaria destacou a cruz como sinal identificador dos cristãos com o qual somos marcados no dia do batismo: “o nosso sinal é a cruz de Cristo”.
O dia nove de setembro amanheceu nublado. Muitas pessoas não foram preparadas para enfrentar o vento frio que persistiu ao longo da manhã, sendo que o sol só deu o ar da graça pelas 14 horas, quando a romaria já estava se aproximando do final. Por isso, em vez de procurar sobra como em anos anteriores, os romeiros buscaram abrigo atrás das árvores ou das paredes.
A programação começou na frente da Igreja dos Santos Mártires das Missões de Linha Santa Cruz, onde a equipe de animação da paróquia acolheu os romeiros com músicas e cantos. Às 08h30m Dom Aloísio Dilli e o secretário de obras e infraestrutura do município, senhor Leandro Kroth, deram as boas-vindas aos romeiros. A seguir Dom Aloísio abençoou a água e os participantes foram convidados a traçarem sobre si o sinal da cruz com esta água. Ás 9 horas começou a caminhada de 1,8 km até o Seminário São João Batista, onde aconteceu a missa com destaque para a renovação das promessas batismais. A seguir foi dada a benção da saúde, intervalo para o almoço, apresentações artísticas e celebração de encerramento.
Em sua homilia, Dom Aloísio Dilli destacou o sinal da cruz como marca que nos identifica como cristãos. E convidou os participantes a fazerem o sinal da cruz com devoção. “Se é para fazer o sinal da cruz mal feito é preferível não fazer”.
Participaram da Romaria pessoas de todas as paróquias da Diocese, somando mais de 8 mil devotos. Todos voltaram para suas casas felizes e edificados na fé. “O que nos une é a cruz de Jesus. O que nos motiva é a fé na ressurreição. Porém, a ressurreição só se tornou possível porque, antes disso, houve a cruz”. Por isso, a romaria é da Cruz Redentora. Atrás dela, segue Maria, a Mãe das Dores, como primeira discípula de Jesus e seguem todos as pessoas que professam na fé no Deus Trindade.
Autor: Pe. Roque Hammes