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4º DIA | Bispos participam de retiro e Papa Francisco envia mensagem aos bispos e ao povo brasileiro

Créditos foto: Vatican News | CNBB

Confira os principais destaques deste quarto dia de Assembleia Geral.

 

Manhã de Retiro: Na manhã desta quinta-feira, 15 de abril, os bispos reunidos na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participaram de um retiro pregado pelo arcebispo de Boston, nos Estados Unidos, cardeal Sean Patrick O’Malley. O cardeal conduziu a primeira reflexão a partir da leitura de um trecho do Evangelho de São Lucas (Lc 4, 16-32), quando Jesus fez sua primeira pregação na Sinagoga de Nazaré.

Oração pelas vítimas da pandemia: Ainda durante a manhã desta quinta-feira, os bispos rezam pelas vítimas da pandemia: “Nosso coração que se eleva a Deus pedindo forças no nosso ministério, nos faz lembrar de todas as ovelhas que sofrem em nossos rebanhos entre as quais as vítimas da pandemia”, motivou o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado.

Papa Francisco envia mensagem aos bispos e ao povo brasileiro: O Papa Francisco enviou uma mensagem de vídeo para o episcopado brasileiro. Francisco estendeu carinhosamente, através dos bispos do Brasil, a mensagem também “a cada brasileiro e brasileira” e ao amado Brasil, país que em sua avaliação “enfrenta uma das provas mais difíceis de sua história”. “Desejo, em primeiro lugar, manifestar a minha proximidade a todas as centenas de milhares de famílias que choram a perda de um ente querido. Jovens, idosos, pais e mães, médicos e voluntários, ministros sagrados, ricos e pobres: a pandemia não excluiu ninguém no seu rastro de sofrimento”, disse o chefe da Igreja Católica. No vídeo, o Pontífice dirige uma mensagem de ânimo aos bispos brasileiros no contexto da celebração da Páscoa e da Ressurreição de Jesus Cristo. “O anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos! [...] Cristo venceu! Venceu a morte! Renovemos a esperança de que a vida vencerá!”, disse. O Sucessor de Pedro exortou os bispos a buscarem a unidade, deixando de lado as divisões e desentendimentos, e se encontrando no que é essencial. Francisco encoraja os bispos a não desanimarem frente aos desafios. “Peço ao Senhor ressuscitado que esta Assembleia Geral produza frutos de unidade e reconciliação para todo o povo brasileiro e na Conferência Episcopal. Unidade que não é uniformidade, mas que é harmonia: essa unidade harmônica que somente o Espírito Santo confere. Imploro à Nossa Senhora Aparecida que Ela, como Mãe, fomente entre todos os seus filhos a graça de ser defensores do bem e da vida dos outros, bem como promotores da fraternidade”, conclui Francisco. Veja, no link abaixo, a mensagem que o Papa enviou especialmente para os bispos brasileiros reunidos na 58ª AG CNBB: https://fb.watch/4Uro1RXuhT/

Bispos partilham impactos da pandemia: Aspectos pastorais e sociais da pandemia que já devastou a vida de mais de 350 mil brasileiros, foram partilhados nesta tarde, na quarta coletiva de imprensa. O arcebispo de Manaus (AM), dom Leonardo Steiner, e o arcebispo de Florianópolis (SC), dom Wilson Tadeu Jönck, apresentaram aos jornalistas os múltiplos desafios enfrentados nas duas regiões do país. De acordo com dom Leonardo Steiner, a falta de informação para a população por parte do governo e o sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) agravaram o que ele chamou de ‘grande desastre’. “Cerca de 50% da população do Amazonas vive na região metropolitana de Manaus (AM). Só na periferia da capital moram cerca de 36 mil indígenas. Já na primeira onda da pandemia do novo coronavírus, mesmo com a criação de dois hospitais de campanha, a rede do SUS era insuficiente para atender a população. Muitas pessoas vieram a óbito”, disse o dom Leonardo. Já dom Wilson Tadeu Jönck partilhou que em Santa Catarina, no início da pandemia, o poder público atuou ativamente no controle da transmissão vírus. Com a chegada do inverno também veio o agravamento da primeira onda da pandemia na região. “A Igreja atuou ativamente com ações de solidariedade. Quando nosso povo é solicitado, ele atende de uma forma extraordinária. Em Florianópolis (SC), frentes de ações da arquidiocese formaram um grande mutirão e muito foi arrecadado. Vivenciamos tudo isso junto com a população”, disse. De acordo com dados registrados da Ação Solidária Emergencial ‘Tempo de Cuidar’, a arquidiocese de Florianópolis foi a que arrecadou alimentos junto à campanha em todo o país. Foram mais de 500 toneladas de alimentos distribuídos entre a população de rua, desempregados, migrantes e outros necessitados. Também foram registrados a arrecadação de kits de higiene e equipamentos de proteção individual. Confira a coletiva completa em: https://youtu.be/_K6p62g1eYI

Segunda fase da Ação Solidária: Também participou da coletiva o bispo de Roraima, presidente da Cáritas Brasileira e 2º vice-presidente da CNBB, dom Mário Antônio da Silva. O bispo apresentou os impactos sociais trazidos pela primeira fase da ‘Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil Tempo de Cuidar’ um ano após o lançamento. Dom Mário também ressaltou que agora a Ação Solidária iniciou uma segunda fase no último domingo, 11 de abril, evidenciando o agravamento da pandemia e da fome em todo o país. Confira a coletiva completa em: https://youtu.be/_K6p62g1eYI

Palavra do Presidente da Comissão de Liturgia: O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, dom Edmar Peron, falou sobre a espiritualidade destes dias de Assembleia. Segundo ele, liturgia é encontro, por isso nada supera o que era possível na modalidade presencial. “Minha primeira consideração é a de que liturgia é reunir-se, então, nada supera aquele momento matinal em que íamos chegando ao Santuário de Aparecida, nos reunindo para celebrar, juntos, a Eucaristia, dando assim início aos nossos trabalhos. Depois, os momentos de oração conjuntos, realizados dentro da assembleia. Também o dia de retiro e uma celebração penitencial. São todos momentos marcantes de uma assembleia presencial. Digo isto para reforçar a importância da liturgia como fonte de nossa vida espiritual”. Leia mais em: https://www.cnbb.org.br/pao-da-palavra-alimento-espiritual-da-58a-ag-dom-edmar-peron/

Testemunho dos bispos sobre a primeira Assembleia online: Bispos relatam que Assembleia virtual não tem o calor humano, mas não deixa de promover a comunhão e o aprendizado avaliam os bispos. Hoje continuamos a coletar e relatar testemunhos dos bispos.

Dom Paulo De Conto (Bispo emérito de Montenegro): “Participar de uma assembleia é não abandonar e sim me inserir cada vez mais na família que formam os bispos. Sou feliz em poder estar presente e servir o povo de Deus nesta pequena experiência. Eu sempre participei da assembleia. Embora bispos eméritos tenham a participação livre, o aspecto da colegialidade é muito importante para mim: estar junto e ao lado de todos os bispos do nosso querido Brasil”.

Dom Alessandro Ruffinoni (Bispo emérito de Caxias do Sul): Na Assembleia Geral, apesar de os eméritos não terem direito a voto, têm espaço de fala e reflexão nas discussões dos temas. “O nosso papel como bispo emérito é aproveitar também este tempo para rezar pelos bispos que estão agora à frente de nossa Igreja, para que tenham sempre saúde e sabedoria. Além disso, na Assembleia é que ficamos por dentro dos assuntos mais importantes da Igreja no Brasil”, ressalta Dom Ruffinoni.

Dom José Mário Stroeher (Bispo emérito de Rio Grande): Pelos compromissos no hospital, dom José Mário só consegue acompanhar a assembleia parcialmente, nas manhãs. Ainda assim, ele ressalta que “Mesmo como bispo emérito procuro acompanhar a ação evangelizadora no Brasil, e por isso participo da Assembleia Geral. Estou sempre em sintonia com a Igreja, os bispos e padres, em união com o Papa Francisco”, conclui dom José Mário.

Dom Manuel Edmilson da Cruz (Bispo emérito de Limoeiro do Norte (CE)): É o bispo mais velho a participar, aos 96 anos, da Assembleia. Dom Edmilson conta que participou de todas as Assembleias Gerais em seus 54 anos de episcopado. Para ele, as dificuldades tecnológicas não são empecilho. “Participar das Assembleias da CNBB é uma oportunidade preciosa de crescer, de me formar, de ouvir e conhecer sobre outras realidades”, afirmou. Quanto à participar da Assembleia Geral na forma remota, dom Edmilson se diz privilegiado por poder fazer parte da experiência. “É surpreendente. Me sinto privilegiado, com a graça de Deus, não só por mim, mas por todos que podem participar de um momento assim nos tempos que estamos vivendo. É uma graça muito grande. Agradeço com amizade, alegria e gratidão”. Confira a entrevista completa em: https://www.cnbb.org.br/entrevista-com-96-anos-o-bispo-emerito-de-limoeiro-do-norte-dom-manuel-edimilson-da-exemplo-de-unidade-na-participacao-na-58a-ag-cnbb/

Dom Luiz Fernando Lisboa (Cachoeiro de Itapemirim (ES)): Recém-empossado como bispo, dom Luiz Fernando traz consigo uma experiência missionária de quase 8 anos em Moçambique. Como participante de uma Assembleia Geral da CNBB pela primeira vez, o prelado partilha o que aprendeu em solo africano e quais são as suas expectativas para o futuro. “O que mais me encanta na Assembleia é justamente o fato de a CNBB ser tão respeitada em toda parte. Tivemos a alegria de ter um encontro com o presidente do Celam e pudemos ouvir dele – e de outros que são ligados ao Celam -, todo o respeito e reverência que eles têm pela CNBB, o que nos responsabiliza muito mais. Por isso é importante que tenhamos muitos espaços de participação, de convivência – embora nesse tempo não seja possível -, de respeito uns pelos outros, porque penso que carregamos esse nome forte, CNBB, tão importante na América Latina e um marco para o mundo inteiro”. Confira a entrevista completa em: https://www.cnbb.org.br/dom-luiz-fernando-lisboa-fala-sobre-a-participacao-pela-primeira-vez-em-uma-assembleia-da-cnbb/

Autor: Imprensa CNBB - Adaptação: Diácono Giovane Gonçalves
Fonte: https://www.cnbb.org.br/
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