Artigos e Notícias voltar
Gratidão a quem merece

Créditos foto: Internet

Quando se realiza um evento se faz uma lista das pessoas a quem se expressa gratidão. Normalmente se agradece às autoridades que não fizeram mais do que o seu dever e aos grupos que mais apareceram. E se esquecem aquelas pessoas que trabalharam, gratuitamente, dedicando tempo e gastando dinheiro para que o evento pudesse acontecer. É por isso que, aqui, queremos expressar a nossa gratidão aos grupos de pessoas que são homenageados no mês de julho.
Começamos pelas pessoas que integram a nossa lista de amigos.
Quando Roberto Carlos compôs a música “Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar”, ele não imaginava que haveria de chegar o dia em que pessoas comuns pudessem contabilizar centenas e, até, milhares de amigos. E este tempo chegou para nós. Pelas redes sociais temos enormes listas de amigos. Pergunta-se: será que eles são amigos de verdade? Quantos deles nos defendem quando alguém nos ataca? Quantos nos visitarão quando ficarmos doentes? Quantos se importam com nossos sentimentos? Quantos deles permaneceriam conosco se fossemos atingidos por uma desgraça? Aos amigos de verdade, que não são milhares, precisamos ser muito gratos.
Seguimos com os nossos avós (dia 26 de julho é o Dia dos Avós). Normalmente se diz que os pais educam e os avós mimam. Infelizmente, porém, existem muitos vovôs e muitas vovós que estão abandonados em asilos ou confinados em suas casas. São “velhos” que nem sequer são considerados dignos de um pequeno sacrifício por parte dos netos para oferecer-lhes uma carona até à Igreja ou para um passeio. É uma total falta de gratuidade para quem gerou os pais que temos. Por isso, queremos, hoje, dizer a você, Vovô e Vovó: obrigado pelo que fez pelos filhos, netos e pela comunidade. 
No dia 25 de julho lembramos os irmãos colonos. Muito bajulados em tempo de eleições, costumam ser esquecidos pelos governantes em detrimento dos grandes empresários do agronegócio. Não raramente encontramos pessoas que usam o termo “colono” para expressar seu desprezo para com alguém. No entanto, conforme sugeria o saudoso Teixerinha, “se o colono não produzisse o homem da cidade não teria com que se alimentar”. 
Com a festa do Colono, também comemoramos, no dia 25, os irmãos motoristas. Sua importância ficou evidente no final do mês de maio, quando, ao pararem de trabalhar durante dez dias, transtornaram a vida de todos os brasileiros.  
A vocês, amigos, avós, colonos e motoristas expressamos a nossa gratidão. Sem amigos a vida perde o seu sabor. Sem os avós nós não existiríamos. Sem os colonos ficaríamos sem comida. Sem os motoristas teríamos que dar uma volta ao passado e abandonar a maioria de nossos hábitos consumistas. Teríamos que voltar ao tempo da carroça, do tamanco e do cavalo.
Obrigado a vocês: amigos, avós, colonos e motoristas. Vocês merecem!

Autor: Pe. Roque Hammes
Últimas Notícias da Diocese