Na manhã deste sábado, 10 de outubro, faleceu, aos 56 anos de idade, Dom Irineu Rezende Guimarães, conhecido entre nós como Pe. Marcelo Guimarães. Nasceu em 1959, foi ordenado para o presbitério da Diocese de Santa Cruz do Sul em 13 de dezembro de 1885 por Dom Alberto Etges, em Rio Pardo, sua cidade natal.
Pe. Marcelo seguiu para a Abadia Notre-Dame de Tournay, na França, em 2010, já como monge beneditino.
Ainda como padre de nossa Diocese, Pe. Marcelo deixou sua marca através da criação do Movimento "Em Busca da Paz", do grupo dos "educadores da Paz" e como coordenador de pastoral da Diocese. Era pessoa de profunda espiritualidade e conhecido pelo seu idealismo. Deixou vários escritos, particularmente na área da liturgia e espiritualidade.
De 1993 a 1996, ele passa um primeiro período no Mosteiro de Goiás. Ao voltar para a Diocese de Santa Cruz do Sul ele se empenha convicto, junto com outros, no trabalho pela paz, e em 2003, ele defende uma tese de doutorado em educação.
Nesses anos, ele foi o capelão do Mosteiro da Santíssima Trindade, de Santa Cruz do Sul, que na época acabara de se implantar na sua diocese.
Ao voltar para Goiás, em 2005, foi o Prior do Mosteiro, de 2007 até o fechamento deste no final de 2009.
Ele se juntou assim à comunidade de Tournay, da qual ele foi Prior de 2010 até 2013.
Desde 2008, apareceram os primeiros sintomas da doença ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica).
Foi um longo combate que o levou à dependência total que ele viveu em total entrega, continuando a trabalhar pela paz até o fim, através de seus escritos, através de múltiplos contatos e através da sua prece que dizia assim:
“Eu ofereço a minha doença para que ela se torne paz no mundo”, numa fé sem falhas, ele fez suas as palavras de São Paulo (Romanos 8,28): “Quando os homens amam a Deus, Ele mesmo faz tudo contribuir para o seu bem”.
Os obséquios serão na Igreja da Abadia de Tournay, segunda, dia 12 de outubro, às 15 horas, seguido do sepultamento no cemitério da comunidade, na França.
Na foto Dom Irineu, ou Padre Marcelo Guimarães, em 2002.
Autor: Pe. Roque Hammes