Créditos foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Ao fazer o envio do povo no final da missa, o presidente da celebração diz: “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe”. Com o mesmo espírito, Dom Aloísio Dilli fez o envio dos romeiros ao final da 18ª Romaria da Santa Cruz. O mesmo convite foi feito pelo Papa Francisco ao convocar, em 2017, o Mês Missionário Extraordinário para outubro de 2019, com o tema “Batizados e Enviados”.
Ao sermos enviados “em paz”, estamos sendo enviados para a missão. Aquilo que celebramos na comunidade, devemos viver e testemunhar na família, no trabalho, no lazer. É o que expressa o Papa Francisco na Mensagem para o Dia das Missões: “Eu sou sempre uma missão; tu és sempre uma missão; cada batizado é uma missão. Quem ama, põe-se em movimento, sente-se impelido para fora de si mesmo: é atraído e atrai; dá-se ao outro e tece relações que geram vida. Para o amor de Deus, ninguém é inútil nem insignificante. Cada um de nós é uma missão no mundo, porque fruto do amor de Deus. Ainda que meu pai e minha mãe traíssem o amor com mentira, ódio e infidelidade, Deus nunca se subtrai ao dom da vida e, desde sempre, deu como destino, a cada um dos seus filhos, a própria vida divina e eterna”.
No ano em que celebramos o jubileu de diamante da Diocese de Santa Cruz do Sul, olhamos para trás, com gratidão, e dizemos: que bom que nossos pais foram uma missão; que bom que os padres e bispos foram uma missão; que bom que as religiosas e os religiosos foram uma missão; que bom que as comunidades foram uma missão!
Ao mesmo tempo olhamos para frente e nos comprometemos em acolher a palavra do papa que nos diz: “Tu és uma missão”. E, se somos uma missão, queremos seguir a dar testemunho de Jesus Cristo. A coincidência providencial do Mês Missionário Extraordinário com a celebração do Sínodo Especial sobre as Igrejas na Amazônia leva-nos a renovar o convite a que “nenhuma cultura permaneça fechada em si mesma e nenhum povo fique isolado, mas se abra à comunhão universal da fé. Que ninguém fique fechado em si mesmo, na autorreferencialidade da sua própria pertença étnica e religiosa. A Pascoa de Jesus nos chama a crescer no respeito pela dignidade do homem e da mulher, rumo a uma conversão cada vez mais plena à Verdade do Senhor Ressuscitado, que dá a verdadeira vida a todos”.
Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe!
Autor: Pe. Roque Hammes