Admirada com as palavras sábias que saíam da boca de Jesus e as obras que ele realizava, “uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram” (Lc 11,27). O episódio revela algo de importante na vida de todas as pessoas: muito do que nós somos, herdamos da mulher que nos “gerou e alimentou”, e que chamamos de “mãe”! E é a ela que nós queremos homenagear neste final de semana.
Ao se encarnar, Deus quis precisar de uma mulher. Com esta decisão, dignificou a maternidade a partir do seio de Maria Santíssima, que passou a ser referência para todas as mulheres que se predispõe a gerar filhos para darem continuidade à obra da criação.
Gerar filhos é algo inerente à natureza da mulher. Por causa disso, ao longo da história da humanidade, a esterilidade sempre foi vista como um fardo a ser carregado pelas mulheres “que não podem ter filhos”, e que, em conseqüência disso, não podem ser mães em plenitude.
A mulher que gera é mãe. Mas também é importante destacar que a maternidade não se esgota na geração. Ela se complementa com a alimentação e a educação. Por isso, mãe verdadeira é aquela que gera, amamenta e educa. “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”!
Existem mulheres que, mesmo não conseguindo gerar filhos, adquirem o direito de serem chamadas de mães por causa da adoção, alimentando e educando filhos de outras mães. Permanece, porém, o ideal de que a mesma mulher que gera o filho, também o possa alimentar e educar. Por isso incentivamos as mulheres que tem as devidas condições a que assumam a maternidade na sua integralidade, ou seja, que alimentem e eduquem os filhos gerados no próprio ventre.
O orgulho da mãe são os filhos. É o que atestam as mães que apontam para os filhos e dizem: “eles estão melhor do que eu”. Por isso é importante os filhos avaliarem continuamente a sua relação com as mães, e se perguntarem: a minha mãe pode sentir orgulho de mim?
Por ocasião do Dia das Mães que celebramos no domingo, saúdo a todas as mães com meu abraço e gratidão. Motivado pelas comemorações do Ano da Fé, abraço de maneira toda especial a aquelas mães que geraram filhos para a vida e os educaram na fé cristã. Que Deus, por intermédio da feliz mãe de Jesus de Nazaré, abençoe a vocês, queridas mães!
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano