Caros diocesanos. O sexto capítulo da Carta-encíclica Fratelli Tutti aborda o tema do diálogo e da amizade social. O Papa Francisco exclama: “Precisamos dialogar” (FT 198). Não servem monólogos agressivos e interesseiros que avançam em paralelo, onde ninguém está preocupado com o bem comum, mas com obter vantagens. Tal manifestação de poder manipulador pode ser econômico, político, midiático, religioso ou de qualquer outro gênero. Por isso, para que uma sociedade tenha futuro, é preciso ter maturado um vivo respeito pela verdade da dignidade humana, à qual nos submetemos.
O diálogo é o caminho mais adequado para se chegar a reconhecer aquilo que sempre deve ser afirmado e respeitado como verdade fundamental e que ultrapassa o consenso ocasional, pois há valores estáveis e transcendentes e nunca negociáveis. Afirma o documento: “Se devemos em qualquer situação respeitar a dignidade dos outros, isto significa que esta não é uma invenção nem uma suposição nossa, mas que existe realmente neles um valor superior às coisas materiais e independente das circunstâncias e exige um tratamento distinto” (FT 213). É preciso criar a cultura do diálogo e do encontro, que busca pontos de contato, lança pontes, projeta algo que envolve a todos. Isto pode tornar-se uma aspiração e um estilo de vida. O Papa acaba dizendo: “Armemos os nossos filhos com as armas do diálogo! Ensinemos-lhes a boa batalha do encontro!” (FT 217). Poucos encontram tempo e energias disponíveis para se demorar e tratar bem os outros; para dizer “com licença”, “desculpe”, “obrigado”. Contudo, também há pessoas que oferecem um sorriso, dizem uma palavra de estímulo, possibilitam um espaço de escuta no meio de tanta indiferença.
O sétimo capítulo fala dos percursos de um novo encontro para construir o caminho da paz, um trabalho paciente de busca da verdade e da justiça. Este percurso para a paz não implica homogeneizar a sociedade, mas permite-nos trabalhar juntos. O Papa propõe: “Uma sociedade na qual o valor de estar juntos como seres humanos é, em última análise, mais importante do que qualquer grupo menor, seja ele a família, a nação, a etnia ou a cultura” (FT 229). Por isso é preciso colocar no centro de toda a ação política, social e econômica, a pessoa humana, a sua sublime dignidade e o respeito pelo bem comum, pois a desigualdade e a falta de desenvolvimento humano integral impedem que se gere a paz. Nos conflitos inevitáveis, o perdão e a reconciliação são temas de grande relevo no cristianismo e outras religiões; e a bondade não é fraqueza, mas verdadeira força, capaz de renunciar à vingança. Não podemos permitir que as novas gerações percam a memória dos horrores que já aconteceram, como bomba atômica, as cruéis perseguições, o comércio dos escravos e os massacres étnicos e tantos outros fatos históricos que nos fazem envergonhar como seres humanos. É preciso lembrar para que não aconteçam mais no futuro. O Papa explica que o perdão não significa esquecimento, mas é possível perdoar; a vingança não resolve nada, mas não se pode adotar a impunidade; se queremos um desenvolvimento humano integral autêntico para todos, é preciso continuar incansavelmente no esforço de evitar a guerra entre as nações e os povos; a plena aplicação das normas internacionais é realmente eficaz; conferiu-se à guerra um poder destrutivo incontrolável; a guerra não é solução: nunca mais a guerra! O Papa diz: “Com o dinheiro usado em armas e noutras despesas militares, constituamos um Fundo mundial para acabar de vez com a fome e para o desenvolvimento dos países mais pobres” (FT 262). E acrescenta: “A pena de morte é inadmissível” (FT 263).
O diálogo é o caminho mais adequado para se chegar a reconhecer aquilo que sempre deve ser afirmado e respeitado como verdade fundamental e que ultrapassa o consenso ocasional, pois há valores estáveis e transcendentes e nunca negociáveis. Afirma o documento: “Se devemos em qualquer situação respeitar a dignidade dos outros, isto significa que esta não é uma invenção nem uma suposição nossa, mas que existe realmente neles um valor superior às coisas materiais e independente das circunstâncias e exige um tratamento distinto” (FT 213). É preciso criar a cultura do diálogo e do encontro, que busca pontos de contato, lança pontes, projeta algo que envolve a todos. Isto pode tornar-se uma aspiração e um estilo de vida. O Papa acaba dizendo: “Armemos os nossos filhos com as armas do diálogo! Ensinemos-lhes a boa batalha do encontro!” (FT 217). Poucos encontram tempo e energias disponíveis para se demorar e tratar bem os outros; para dizer “com licença”, “desculpe”, “obrigado”. Contudo, também há pessoas que oferecem um sorriso, dizem uma palavra de estímulo, possibilitam um espaço de escuta no meio de tanta indiferença.
O sétimo capítulo fala dos percursos de um novo encontro para construir o caminho da paz, um trabalho paciente de busca da verdade e da justiça. Este percurso para a paz não implica homogeneizar a sociedade, mas permite-nos trabalhar juntos. O Papa propõe: “Uma sociedade na qual o valor de estar juntos como seres humanos é, em última análise, mais importante do que qualquer grupo menor, seja ele a família, a nação, a etnia ou a cultura” (FT 229). Por isso é preciso colocar no centro de toda a ação política, social e econômica, a pessoa humana, a sua sublime dignidade e o respeito pelo bem comum, pois a desigualdade e a falta de desenvolvimento humano integral impedem que se gere a paz. Nos conflitos inevitáveis, o perdão e a reconciliação são temas de grande relevo no cristianismo e outras religiões; e a bondade não é fraqueza, mas verdadeira força, capaz de renunciar à vingança. Não podemos permitir que as novas gerações percam a memória dos horrores que já aconteceram, como bomba atômica, as cruéis perseguições, o comércio dos escravos e os massacres étnicos e tantos outros fatos históricos que nos fazem envergonhar como seres humanos. É preciso lembrar para que não aconteçam mais no futuro. O Papa explica que o perdão não significa esquecimento, mas é possível perdoar; a vingança não resolve nada, mas não se pode adotar a impunidade; se queremos um desenvolvimento humano integral autêntico para todos, é preciso continuar incansavelmente no esforço de evitar a guerra entre as nações e os povos; a plena aplicação das normas internacionais é realmente eficaz; conferiu-se à guerra um poder destrutivo incontrolável; a guerra não é solução: nunca mais a guerra! O Papa diz: “Com o dinheiro usado em armas e noutras despesas militares, constituamos um Fundo mundial para acabar de vez com a fome e para o desenvolvimento dos países mais pobres” (FT 262). E acrescenta: “A pena de morte é inadmissível” (FT 263).
Dom Aloísio Alberto Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul