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15/09/2016 - Ainda nossa 15ª Romaria da Santa Cruz

            Caros diocesanos. Certamente nossa 15ª Romaria foi a maior manifestação pública de fé, realizada como Diocese de Santa Cruz do Sul, em 2016. Estiveram presentes romeiros de 52 Paróquias, provenientes de mais de 40 Municípios da Região dos Vales. Estes momentos fortes de procissões, que envolvem multidões de pessoas (nossa estimativa foi de 15 mil), revelam que somos um povo a caminho, uma Igreja peregrina, que não tem lugar definitivo neste mundo. Manifestam igualmente que somos parte de uma Igreja – Comunhão, formando uma só família de irmãos e irmãs que tem a mesma fé cristã, pois não é possível ser cristão sozinho.

Na romaria de 2016, o aspecto da comunhão fraterna foi ainda mais evidente pela presença da réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira e Rainha do Brasil (300 anos de sua aparição no Rio Paraíba). Sua imagem simbolizou a presença da Mãe de Jesus e Mãe da Igreja, que reúne seus filhos e filhas. Nas romarias marianas sempre fica muito visível que Maria nos congrega e nos conduz ao encontro de seu Filho. Ele é a Palavra que se fez carne e veio habitar entre nós (cf. Jo 14, 1); Ele anunciou a Boa-Nova do Evangelho e deu sua vida por nós na Santa Cruz, ensinando-nos a maior lição de amor que a humanidade já viu, que consiste em dar a vida para que outros vivam mais e experimentem a alegria da salvação: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 13). Por isso, em nossas procissões, a cruz sempre vai à nossa frente, como a indicar o caminho de seguimento dos cristãos. Na cruz, Jesus é a imagem perfeita do Pai misericordioso, pois nela coloca seu coração, junto à nossa miséria (miséria + coração = misericórdia). Esta é a Boa Notícia do Evangelho que ouvimos na missa que seguiu a romaria: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que seja salvo por ele” (Jo 3, 16-17). É desta Igreja que nós desejamos ser discípulos missionários: uma Igreja comunhão, missionária, servidora, misericordiosa, alegre e feliz, como pede o Papa Francisco.

            Dentro deste clima estamos em fase de preparação para a Assembleia Diocesana, de forma participativa ou como Igreja comunhão. Não desejamos dar o nosso testemunho de modo separado, disperso e desordenado, mas em comunhão eclesial diocesana. Por isso participemos das Assembleias paroquiais que vão ajudar na elaboração do Plano Diocesano de Pastoral, a fim de termos orientações ou diretrizes comuns e força de comunhão.

            Com o sinal da Santa Cruz Deus abençoe a todos.

Dom Aloísio Alberto Dilli

Bispo de Santa Cruz do Sul

Ouça a catequese do Bispo