Caros diocesanos. Certamente nossa
15ª Romaria foi a maior manifestação pública de fé, realizada como Diocese de
Santa Cruz do Sul, em 2016. Estiveram presentes romeiros de 52 Paróquias,
provenientes de mais de 40 Municípios da Região dos Vales. Estes momentos
fortes de procissões, que envolvem multidões de pessoas (nossa estimativa foi
de 15 mil), revelam que somos um povo a caminho, uma Igreja peregrina, que não tem lugar definitivo neste mundo. Manifestam
igualmente que somos parte de uma Igreja
– Comunhão, formando uma só família de irmãos e irmãs que tem a mesma fé
cristã, pois não é possível ser cristão sozinho.
Na romaria de
2016, o aspecto da comunhão fraterna foi ainda mais evidente pela presença da
réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira e Rainha do Brasil (300
anos de sua aparição no Rio Paraíba). Sua imagem simbolizou a presença da Mãe
de Jesus e Mãe da Igreja, que reúne seus filhos e filhas. Nas romarias marianas
sempre fica muito visível que Maria nos congrega e nos conduz ao encontro de
seu Filho. Ele é a Palavra que se fez carne e veio habitar entre nós (cf. Jo
14, 1); Ele anunciou a Boa-Nova do Evangelho e deu sua vida por nós na Santa
Cruz, ensinando-nos a maior lição de amor que a humanidade já viu, que consiste
em dar a vida para que outros vivam mais e experimentem a alegria da salvação:
“Ninguém
tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 13).
Por isso, em nossas procissões, a cruz sempre vai à nossa frente, como a
indicar o caminho de seguimento dos cristãos. Na cruz, Jesus é a imagem
perfeita do Pai misericordioso, pois nela coloca seu coração, junto à nossa
miséria (miséria + coração = misericórdia). Esta é a Boa Notícia do Evangelho
que ouvimos na missa que seguiu a romaria: “Deus amou tanto o mundo, que deu
o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas
para que seja salvo por ele” (Jo 3, 16-17). É desta Igreja que nós
desejamos ser discípulos missionários: uma Igreja comunhão, missionária, servidora,
misericordiosa, alegre e feliz, como pede o Papa Francisco.
Dentro deste clima estamos
em fase de preparação para a Assembleia Diocesana, de forma participativa ou
como Igreja comunhão. Não desejamos dar o nosso testemunho de modo separado,
disperso e desordenado, mas em comunhão eclesial diocesana. Por isso
participemos das Assembleias paroquiais que vão ajudar na elaboração do Plano
Diocesano de Pastoral, a fim de termos orientações ou diretrizes comuns e força
de comunhão.
Com o sinal da Santa
Cruz Deus abençoe a todos.
Dom Aloísio Alberto
Dilli
Bispo de Santa Cruz do
Sul